Resumo

Acordei cedo e com sensação de ressaca alcoólica no dia 31 de março último, apesar de não ter ingerido absolutamente nenhuma bebida na noite anterior. Embaixo de minha janela, numa das garagens do estacionamento do condomínio, dois moradores discutiam sobre algum problema que demoro a entender. Num movimento que já se tornou automático, liguei a televisão para saber notícias da pandemia, do mundo.

Março fechava como o mais letal de todos dos meses em termos de mortes por Covid-19, ao menos no Brasil. Em cada cinco pessoas que morreram no país no decurso da doença, uma perdeu a vida em março. Uma triste estatística que computou cerca de 66.573 mortes acumuladas no mês. Enquanto preparo o café, ouço a notícia vindo do Japão, a qual dizia que os Comitês Olímpico e Paralímpico Internacionais confirmavam, mais uma vez, a realização dos Jogos em Tóquio… um desalento. Nessa hora os moradores, um deles o síndico, gritam alto e percebo de longe que, independentemente do assunto, as opiniões eram contrárias e um fazia parte do time de negacionistas – aliás, cada vez mais presentes entre nós nestes tempos.

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