Torcida de Mulheres em Campo: Rupturas e Conquistas no Ambiente Clubístico

Parte de Futebol das Mulheres no Brasil: Emancipação, Resistências e Equidade . páginas 321

Resumo

Introdução: reflexões iniciais sobre mulheres, torcida e futebol Podemos afirmar que o futebol não se atém apenas a regras, táticas, sistemas de jogo e estratégias de campo, a modalidade tece nuances sociológicas e antropológicas mais complexas e profundas (ELIAS, 2005). Heloisa Reis e Thiago Escher (2006) afirmam que o futebol é um fenômeno sociocultural. Um fenômeno capaz de influenciar diversos segmentos da sociedade que vão desde a cultura à esfera econômica (ELIAS, 2005). Com efeito, é pertinente ressaltar a grande capacidade do futebol de estimular novas formas e comportamentos de consumo, no que podemos chamar da construção de uma cultura de consumo futebolística. Reis e Escher (2006) ratificam que o futebol tem tido função de relevância na era moderna visto seu poder de fomentar emoções e capacidade de influenciador de fãs. Dessa forma, é possível sugerir que o futebol absorve uma série de artefatos e elementos subjetivos, de ordem complexa, originando um sentimento de pertença social (BOURDIEU, 2005) e despertando paixões, medos, frustrações entre outros sentimentos. Essas características de ordem subjetivas fomentam ao tema futebol uma difícil tarefa de análise e mensuração fiel. O futebol é capaz mobilizar grandes massas, influenciar comportamentos e, por que não, influenciar os modos de consumo de seus torcedores (WERTHEIN, 2004).  

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