Resumo

A história da classe trabalhadora no Brasil não pode ser contada somente a partir de seus protestos, levantes, jornais, partidos, sindicatos e greves. O objetivo deste texto é resgatar e refletir sobre a história do surgimento de outras duas longevas formas de organização popular, forjadas pelo associativismo recreativo, e que muitas vezes são marginalizadas ou esquecidas: as torcidas de futebol e as escolas de samba. Por meio de uma análise comparativa, percebemos que as torcidas organizadas e as escolas de samba eram espaços possíveis de auto-organização e manifestação coletiva, onde se construíram redes de apoio e solidariedade, e pelos quais sujeitos negros, pobres e periféricos buscaram afirmar sua identidade e deixar a marca de sua existência na nossa cultura e sociedade.

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