Torque articular e atividade eletromiográfica dos músculos bíceps femoral e semitendíneo durante movimentos isocinéticos de flexão do joelho em atletas de futebol
Por Carlos Eduardo Bassi Rodrigues (Autor), Antonio Carlos de Moraes (Autor), Alexandre Hideki Okano (Autor), Eduardo Bodnariuc Fontes (Autor), Leandro Ricardo Altimari (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 9, n 3, 2007. Da página 262 a 270
Resumo
O objetivo do presente estudo foi analisar o torque articular (TO) e a atividade eletromiográfi ca (EMG) dos músculos Bíceps Femoral (BF) cabeça longa e semitendíneo (ST) durante movimentos isocinéticos de fl exão do joelho (ação concêntrica-CON e excêntrica-EXC), em diferentes velocidades de execução, na posição de decúbito ventral em atletas de futebol. Fizeram parte do estudo 14 atletas de futebol da equipe sub-20, da Associação Atlética Ponte Preta, com idade entre 19 e 20 anos (71,24 ± 6,53 kg, 176,59 ± 6,44 cm). Os atletas realizaram uma série de cinco repetições de fl exão (ação CON e EXC) do joelho, em 3 velocidades (60, 180 e 300°/s), defi nidas anteriormente aleatoriamente. O intervalo de recuperação adotado entre as séries foi de 3 minutos. A atividade EMG foi coletada, utilizando-se eletrodos de superfície e os dados foram expressos em root mean square (RMS). Para análise estatística, foi empregada a análise de variância (teste Friedman) de medidas repetidas e, quando necessário, empregou-se o teste de Wilcoxon para a localização das diferenças com nível de significância de P<0,05. Em relação ao TO, os maiores valores foram obtidos na velocidade de 60°/s durante a fase CON. Na fase EXC, não houve alteração signifi cante do TO entre as velocidades. Além disso, independentemente da velocidade ou repetição, os valores de TO foram maiores durante a fase EXC. Quanto aos valores de RMS, houve alteração signifi cante entre os músculos BF e ST em algumas repetições na fase CON a 60°/s. Todavia, de forma geral, os valores de RMS não se alteraram signifi cantemente com a variação da velocidade e do tipo de contração, nos músculos BF e ST. Por fi m, a relação RMS/TO não foi linear nas condições experimentais estudadas, pois enquanto os valores de TO variaram entre as velocidades e entre as contrações CON e EXC, os valores de RMS mantiveram-se estáveis.