Resumo

Na modernidade, a compreensão do lazer assim como a do trabalho, perpassa por uma visão distorcida de seus sentidos e significados, impulsionada por uma corrente de idealismos neoliberais. Assim, este estudo visa analisar o tempo de não-trabalho dos servidores terceirizados, bem como o tempo dedicado ao lazer destes indivíduos. Utilizou-se uma metodologia qualitativa, baseada no materialismo histórico-dialético possibilitando a realização de entrevistas semiestruturadas com 16 servidores terceirizados do IFCE – Juazeiro do Norte, sendo 08 participantes do sexo masculino e 08 do sexo feminino, com um tempo de serviço variando entre 03 e 23 anos. A análise das entrevistas possibilitou refletir sobre a relação lazer e trabalho a partir da concepção destes sujeitos e permitiu investigar o tempo do trabalhador terceirizado e o espaço dedicado ao lazer. Perante as informações expostas e os argumentos utilizados, foi possível perceber que o lazer permanece em segundo plano no cotidiano da população, principalmente no contexto dos trabalhadores terceirizados, abrindo espaços para constantes investigações visando expandir as dimensões desta problemática.

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