Enquanto a Educação Física é conhecida como atividade escolar, a educação para a saúde e a educação para o tempo livre ainda não são aceitas como tais pois sua temática se inclui dentro de várias matérias tradicionais. Isto dá oportunidade ao Professor de Educação Física para considerar assuntos relativos ao tempo livre e a saúde no ensino do esporte, isto é, pode ver o lazer e a saúde em relação com o esporte. Cabe assinalar, então, que o tempo livre e a saúde abrangem ainda outros aspectos, além do esportivo, como, por exemplo, o das artes com relação ao lazer e o da alimentação com relação à saúde ( (HAAG, 1981, p. 118-119).
Esporte e o tempo livre são, ambos, fenômenos ou formas de manifestação de nossa vida cotidiana sobre as quais se discute muito mas que são mal interpretados. Para esclarecer a relação entre o esporte e o tempo livre, analisemos o que entendemos por esporte: “a palavra provém do verbo latino ‘deportare’, distrair-se, e logo se substantivou em francês e inglês na forma ‘desport’ ou ‘sport’, o que significa diversão” ( HAAG, 1981, p. 91).
Apoiando-se neste conceito, o lúdico aparece como sua característica básica, visto que o termo tinha, então, a conotação de prazer, divertimento, descanso. E, apesar das diversas nuances que o esporte assumiu ao longo de nosso século, as pessoas continuam fieis ao seu sentido original, na medida em que o esporte será sempre um jogo, antes de mais nada. (OLIVEIRA, 1983, p. 75).
Dessa forma, o processo ensino-aprendizagem da educação física deve ser apoiada na ludicidade, encontrando espaço significativo para a aplicação do jogo – elemento fundamental da cultura humana -, em contraposição à importância que se dá ao resultado desportivo de alto nível. (THOMAZ, 1981; SANTIN, 1987; HUIZINGA, 1971; DICKERT, 1984; ESCOBAR & TAFFAREL, 1987).
Analisando-se as alterações havidas na terminologia desportiva, após constatar que a antiga ginástica já não faz parte da área do esporte, pergunta-se “o que houve ? uma simples alteração terminológica ?”. Conclui-se então, que
“… mais do que isso, pois os conceitos básicos mudaram. Eles mudam de conformidade com os padrões individuais e sociais de cada época e a nova terminologia geralmente reflete a mudança de pensar do homem … A ‘ginástica’, no sentido clássico da palavra (como instrumento para o equilíbrio interno e externo do homem), constitui a forma mais primitiva da atividade desportiva e é nesse sentido geral que Guts Muths emprega o termo em sua obra metodológica ‘Gymnastik fur die Jugend’, publicada em 1793. Em princípio do século XIX introduziu-se na área géo-linguistica alemã, com os trabalhos de F.L. Jahn, a versão germânica do termo ‘ginástica’ (Turnen), atividade física definida como forma de ‘educação cívica através de exercícios físicos polivalentes’.” (DIEM, 1977, p. 11-12).
Firmou-se, então, o conceito de ginástica como sendo atividade física: “… era a ginástica racional e científica, considerada agora como elemento da Educação Física, expressão cunhada em fins do século XVIII.” (OLIVEIRA, 1983). Essa artificialidade começou a ser combatida quando K. Gaulhofer e M. Streicher sugeriram uma nova denominação para designar a atividade desportiva tipicamente escolar: “a educação física natural” (DIEM, 1977).
OLIVEIRA (1983) esclarece que
“… a ginástica artificial utiliza-se exclusivamente de exercícios analíticos, aqueles que, pela fixação deliberada de alguns segmentos do corpo, localizam o trabalho muscular e articular pretendido. O exercício natural, por sua vez, implica a movimentação do corpo entendido como uma totalidade.” (p. 64) .
Como a confusão perdurava, STREICHER então declara todo o seu descontentamento:
“Oficializem o termo que quiserem – ‘esporte’, ‘ginástica’, ou ‘educação física’- contanto que o termo escolhido denote uma atividade material. Importante é lembrar que a Educação Física efetivamente só existe quando se baseia no princípio do desempenho (Lei do Esporte), no princípio da educação físico-ética-social (Lei da Preparação Física) e no princípio da forma (Lei da Ginástica)”. (citada por DIEM, 1977, p. 12).
Difundiu-se, então, o termo “esporte” com o significado de “qualquer modalidade de exercício físico” (DIEM, 1977). Hoje, compreendemos por esporte, em geral, uma ” atividade motriz espontânea originada em um impulso lúdico, que aspira a um rendimento mensurável, e a uma competição normalizada” (HAAG, 1981, p. 95).
Sob o ponto de vista sociológico, o esporte se organiza:
1 – Informalmente, como esporte de tempo livre;
2 – Formalmente, como esporte de competição;
3- Institucionalmente, como parte de outras instituições sociais cujos valores modificam sua orientação (educação física, esportes escolar, ou militar). (LUSCHEN , citado por HAAG, 1981).
MOREIRA (1985) faz referência, em trabalho apresentado à Universidade de Campinas quando discute a “Educação Física definindo uma forma de lazer”, após analisar o conceito de Dumazedier -, à função do “desenvolvimento da personalidade” como a que deverá ocupar um papel preponderante na utilização do lazer nas aulas de Educação Física, revertendo as funções de descanso e divertimento “de seu papel educativo-consciente” onde espera, dessa forma, que “o lazer possa se transformar em aprendizagem voluntária e prática de uma conduta criadora, em se tratando de execução de atividade física” (p. 27).
LeBOUCH (1983) – citando G. FRIEDMAN -, afirma que a preparação para um lazer mais rico é uma questão pedagógica ou, num sentido mais amplo, de formação, e não dos menores. A nossa civilização tecnológica exige “… que ao assumir a nobre função de educar na plenitude do termo o cidadão, a escola esteja em todos os níveis preocupada em prepará-lo não apenas para o trabalho, mas também e cada vez mais para o lazer”. (p. 23). Esse autor considera as atividades ao ar livre e determinadas atividades estéticas à base de expressão corporal como meios de utilizar esse lazer.
MOREIRA (1985) destaca, como LeBOUCH (1983), o aspecto do aperfeiçoamento pessoal, pois além de representar uma simples distração ou uma forma de compensar a sedentariedade, elas podem também tornar-se verdadeiras atividades culturais.
OLIVEIRA (1985) considera que a educação física escolar ressente-se de uma fundamentação filosófica que a oriente em direção às suas finalidades educativas, impedindo que ela, educação física, transforme-se “em uma máquina de não fazer nada”. Citando a obra de Celestino F. M. Pereira, faz uma análise da educação física contemporânea, onde destaca as orientações que esta vem assumindo diante do problema de formação da juventude. Considera entre outras, a “concepção utilitária e social da educação física”, devido à importância fundamental que o aspecto recreativo assume na sociedade moderna, “na medida em que a industrialização tendeu a privar o homem de seus gestos naturais, aparecendo a necessidade de ocupação do tempo livre”.
Trabalho, tempo livre e lazer
O lazer tomou a dimensão de hoje após a Revolução Industrial, quando então a jornada de trabalho começou a diminuir paulatinamente, muito embora “os fundamentos históricos do Lazer sejam anteriores à sociedade industrial, porque sempre existiu o trabalho e o não-trabalho em qualquer sociedade” (CAVALCANTI, 1981).
A conquista de oito horas de trabalho, oito horas de descanso e oito horas de lazer marcou o início da humanização do trabalho e transformou a recreação e o lazer como um ato social (MARINHO, 1979, 1984; CUNHA, 1987) . Com o reconhecimento das horas livres entre uma e outra jornada de trabalho, dos repousos semanais remunerados, das férias anuais e da cessação da vida de trabalho (aposentadoria) – (REQUIXA, 1969, 1976) – gerou-se, então, tempo de lazer compulsório – (TOYMBEE, apud MARINHO, 1979, 1984).
O problema da relação entre trabalho e lazer é questão que vem suscitando paixões, sejam em relação à sociologia do trabalho, seja em relação à sociologia do lazer (DUMAZEDIER, 1979). Aristóteles afirmava que “el tiempo libre no es el final del trabajo; és el trabajo el que limita el tiempo libre. Este debe consagra-se al arte, a la ciência y, preferentemente, a la filosofia” (apud TOTI, 1975) :
A palavra grega para indicar o tempo livre é significativa e perturba a relação que nos é familiar entre o termo e o sentido que se lhe atribui correntemente. Scholé – traduz o dicionário – significa tempo livre, parada, descanso, ócio, falta de trabalho, pausa, ocupação das horas que se tornam livres do trabalho e dos negócios, estudo, conversação e acaba por significar ‘o lugar onde se utiliza este tempo livre’, a scholé precisamente, a escola, que hoje se interpreta somente como o lugar na qual o tempo livre é utilizado para ensinar e aprender (TOTI, 1975, p. 9).
Para Aristóteles, “a diversão parece um descanso, já que os homens, não podendo trabalhar continuamente, têm necessidade de descansar” (in COMES, 1970, p. 43). TOLKMITT (1985)9 considera que as dificuldades decorrentes da industrialização e da formação de concentrações urbanas, além do esvaziamento das zona rural, gerando imensos problemas, servem de incentivo para a formação de grupos, que se preocupam com o aproveitamento adequado das horas livres para a atividade de lazer. Afirmas ainda que “a orientação das atividades nas horas livres tem por objetivo alterar (ou compensar) essa condições de vida … (física, psíquica e emocional) advindas das facilidades e dificuldades com que o indivíduo se ocupa durante as horas de trabalho (p. 4).
Aparece claro, então, que a satisfação do indivíduo durante o trabalho profissional reverte-se de novas características. Horas livres entre uma e outra jornada de trabalho, repouso semanal e férias anuais não são suficientes para o restabelecimento completo do organismo.
Supondo-se que o processo do trabalho foi abordado numa correspondente base fisiológica, a um dado momento aparece a fadiga:
“A forma mais eficaz e concreta de combater a fadiga que aparece em conseqüência do trabalho, ou outras manifestações patológicas que possam aparecer, como resultado da acumulação, no tempo, da fadiga residual ou da não correção imediata de certos fatores não fisiológicos de microclima durante o trabalho profissional é a recuperação, o recondicionamento ou o equilíbrio biológico” (DRAGAN, 1981, p. 107).
Jean-Marie Brohn, numa análise das atividades físicas de lazer na civilização industrial, diz que “há pelo menos duas razões fundamentais que justificam as atividades físicas de lazer como necessidade para o sistema (apud CAVALCANTI, 1981, p. 310) . CAVALCANTI (1981) apresenta dois pontos de vista, segundo o pensamento de Brohn: um, econômico, que vê as atividades de lazer como uma exigência da sociedade capitalista – que considera o indivíduo como um mero apêndice da máquina, no dizer de Marx -, ressaltando os aspectos de compensação e de reajustamento; o outro, político, visto sob o ponto de vista de “fuga da realidade”, quando o sistema promove atividades físicas de lazer para preservar a capacidade do indivíduo para o trabalho, destacando que as atividades de tempo livre, na realidade, constituem a melhor maneira de “neutralizar intelectualmente as massas”.
MOREIRA (1985), ainda analisando esse aspecto político das atividades de lazer, no pensamento de Brohn, afirma que o tempo livre ocupado dessa forma leva a uma “despolitização da juventude e das massas” cumprindo, pois, as técnicas esportivas de lazer sua função de neutralizar intelectualmente o indivíduo:
“Considerar tempo para o lazer um tempo ‘socialmente’ permitido após o cumprimento de todas as obrigações do indivíduo para com a sociedade é não levar em consideração que a maioria das atividades sociais do indivíduo, principalmente as de ordem profissional, são deficitárias no que diz respeito à saúde – ‘bem-estar total, físico e social’. Se o sistema usufrui da força de trabalho do indivíduo por que então não se responsabiliza diretamente por essa recuperação ? ” (CAVALCANTI, 1981, p. 311).
É ainda MOREIRA (1985) quem pergunta: como fugir a um lazer, pela atividade física, que contém, em seus pressupostos básicos, “os de compensação e reajustamento do trabalho mecanizado ou de fuga da realidade?”, Analisando o conceito de lazer emitido por DUMAZEDIER, afirma que “… na prática está presente a permissividade ao indivíduo, do lazer enquanto recuperação psicossomática, essencial à saúde do sistema capitalista. O tempo livre é utilizado pelo lazer como forma de compensação, ou melhor dizendo, como mecanismo de compensação criado pela sociedade industrial” (p. 18).
As atividades físicas de tempo livre funcionariam, então, como “antídoto contra o tédio causado por um trabalho monótono e enfadonho” (REQUIXA, 1969), havendo necessidade de orientar o jovem para organizar sua vida de forma equilibrada e racionalizada de modo que a recuperação após o trabalho constitua uma preocupação constante no regime de vida cotidiana.
MARINHO ( citado por CANTARINO FILHO & PINHEIRO, 1974), afirma que
” … a atividade física de compensação tem por objetivo geral suscitar, desenvolver e aprimorar as qualidades físicas do industriário, estimular o funcionamento de seus órgãos e, como objetivo especial, desenvolver excepcionalmente certas qualidades, que a natureza da profissão escolhida exige para um rendimento de trabalho maior e, ainda, dar ao organismo uma compensação de modo tal que as sinergias musculares, muito solicitadas durante o trabalho, possam obter para os seus músculos o relaxamento adequado, enquanto outras, cuja solicitação foi quase nula, sejam convenientemente solicitadas, de maneira a evitar a atrofia dos elementos componentes e, em conseqüência, a redução de sua capacidade”. (p. 40-41).
DRAGAN (1981) comenta que o chamado
“… repouso activo (actividades físicas cujas solicitações se dirigem a outros centros nervosos e a outros segmentos musculares ou funções … a ginástica no local de trabalho, ou exercícios de yoga, etc … representam hoje meios práticos bem codificados na recuperação, especialmente na prática desportiva” (p. 18).
Algumas empresas, considerando esta dificuldade, vem desenvolvendo programas de lazer, envolvendo atividades esportivas e sócio-culturais onde buscam atender às necessidades de todas as faixas etárias, envolvendo não só o trabalhador como sua família, promovendo o lazer com objetivos sociais e de integração dessa comunidade (PEREIRA, 1980; SESC-SP, 1980).
Assim, as atividades físicas podem ocupar um papel importante no tempo livre do trabalhador, pois o comportamento humano varia consoante as múltiplas razões pelas quais os indivíduos realizam uma atividade, não existindo entre o jogo e o trabalho uma fronteira absoluta (NEULINGER; CLAPARÉDE (in) GAELZER, 1979; CUNHA, 1987).
A falta de habilitação apropriada para a utilização do lazer é lembrada por Robert MacIver (citado por REQUIXA, 1976), quando diz que
“… para muitos homens , o trabalho tornou-se uma rotina não muito onerosa, não muito compensadora, e de forma alguma absorvente – uma rotina diária até que a sineta toque e os torne novamente livres. Mas livres para que ? É uma libertação maravilhosa para aqueles que aprenderam a usá-la; há muitas formas de fazê-la. Mas é um grande vazio para aqueles que não aprenderam a usá-la”. (p. 15).
LeBOUCH (1983) destaca a importância da aprendizagem psicomotora durante a escolaridade secundária “com vistas à inserção social do futuro adulto” (p. 23) , destacando os problemas atuais de adaptação da mão-de-obra evidenciada na carência da formação física dos jovens. Mais adiante, no plano da preparação para o lazer, destaca que a organização do trabalho, ligada ao progresso dos métodos e ao progresso da mecanização, cria necessidade de descontração de um lado e, por outro lado, de lazer que a satisfação.
Perspectiva recreativa da educação física escolar
Na abertura do Congresso Internacional de Educação Física, realizado no Canadá, AMADOU (1979) falando sobre a educação física e o esporte para todos, tece considerações sobre o mundo de hoje, onde se impõe uma educação coextensiva à vida e que envolva ao mesmo tempo o conjunto das necessidades e faculdades do homem. As mudanças ocorridas na sociedade atual, a massa de novos conhecimentos que se acumulam cada dia, as modificações mais freqüentes que afetam o processo de produção e a organização do trabalho exigem, com efeito, uma educação que não se limite às primeiras fases da vida, nem ao período escolar e universitário:
“Estamos na era da educação permanente .. mas os progressos técnicos e as condições da vida moderna exigem, além disso, e cada vez mais, que cada um seja, daqui por diante, preparado para uma educação física e esportiva que lhe permita manter a saúde ao longo da vida, ou simplesmente ocupar o seu lazer”. (p. 52).
Ao analisar-se a crise de identidade que a Educação Física parece estar sofrendo nas escolas, com autores assumindo posições contraditórias, caracterizando ora a Educação Física como uma
“entidade natural, corporal, puramente instrutiva”, verifica-se que o sentido da auto-competição ainda não foi incorporada ao ensino da Educação Física. Assim, as qualidades lúdicas – espontaneidade e capacidade de desenvolver satisfação pessoal com desempenho e iniciativa – características do esporte educativo, não estão sendo enfatizados pelas atividades de Educação Física (COSTA , 1984, p. 19-20).
Esta crise não é nova, pois
“houve um tempo em que Esparta enfatizava a aptidão física de seus cidadãos, enquanto Atenas se vangloriava mais da capacidade intelectual dos seus. Um longo período da história da humanidade foi colocado sob o signo dessa dicotomia, que determinava para os indivíduos uma função específica, privilegiando ora o corpo, ora o espírito – mas, raramente, honrava os dois ao mesmo tempo.”. (AMADOU, 1979, p. 54).
É essencial que a Educação Física e a Educação esportiva “não sejam consideradas entidades distintas e opostas, mas ao contrário, complementares …” necessitando-se encontrar o sentido, a um só tempo social e cultural, que as atividades físicas tinham em certas culturas antigas (AMADOU, 1979, p. 54).
É JORDÃO RAMOS (1978) quem afirma que “… desde a velha Grécia, sente-se enorme afinidade entre cultura e desporto, duas fontes do mesmo humanismo, na apreciação feliz de René Maheu. Ambas procedem da mesma origem, o lazer …” (p. 21.). A este respeito, Aristóteles já questionava se a ginástica não contribuiria para a recreação mental e para a aquisição de conhecimentos. Para Aristóteles, a preguiça e o ócio é o princípio do universo.
A concepção grega do lazer baseava-se numa associação à aprendizagem ou cultivo do eu, pois nos tempos antigos o homem livre, fora da guerra, não tinha mais do que lazeres. Isso significa que o lazer é uma condição ou um estado – o estado de estar livre da necessidade do trabalho. (PARKER, 1978)
Deve-se destacar que os gregos empregavam a mesma palavra para designar o ócio, a escola e a educação pois “… a palavra ‘escola’ tem por trás dela uma história curiosa. Originalmente significava ‘ócio’, adquirindo depois o sentido exatamente oposto de trabalho preparação sistemática, à medida que a civilização foi restringindo cada vez mais a liberdade que os jovens tinham de dispor de seu tempo, e levando estratos cada vez mais amplos de jovens para uma vida cotidiana de vigora aplicação da infância em diante”. (HUIZINGA, 1971, p. 165).
Analisando-se significado da palavra “scholé”, verifica-se que esta é traduzida como tempo livre, parada, descanso, ócio … e acaba por significar “o lugar onde se utiliza esse tempo livre” e que hoje se interpreta tão somente como “o lugar no qual o tempo livre é utilizado para ensinar e aprender” (TOTI, 1975, p. 9).
A Educação Física era meio para a formação integral do homem, quando da análise da intencionalidade da educação física na época antiga. Essa mesma preocupação mantém-se atualizada com a Carta Internacional de Educação Física e dos Desportos, adotada em 1978, quando a UNESCO insiste na necessidade de integrar as atividades físicas no “processo de educação global” e de reforçar os laços entre as atividades físicas e os outros elementos da educação (COSTA, 1984; AMADOU, 1970; SANTIN, 1987; MANUEL SÉRGIO, 1987).
A UNESCO estabelece ainda que “a prática da educação física e dos esportes é um direito fundamental de todos”, após ter lembrado que “nos termos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, cada um pode fazer uso de todos os direitos e de todas as liberdades que ali são proclamadas (AMADOU, 1979) .
DUMAZEDIER (1979), quando da definição de lazer, estabelece três funções para este, sendo uma delas o desenvolvimento da personalidade e nesse sentido os objetivos do lazer e da educação se harmonizam.
Se a escola tende a preocupar-se com a vida recreativa dos estudantes, deve preparar as pessoas para usarem seu tempo de maneira sensata e construtiva … deve haver uma preocupação direta em explorar o papel do lazer na vida de cada um. As escolas devem oferecer experiências de aprendizado em uma ampla variedade de habilidades e interesses úteis para o enriquecimento de ocupações recreativas duradouras. (KRAUS apud PARKER, 1978, p. 117).
Aprender a usar o tempo livre significa, em última análise, educar-se para o lazer, ensina REQUIXA (1976), que considera a importância de ser o homem educado para, racionalmente, preparar para si mesmo uma arte de viver em que não se perca o equilíbrio necessário entre o trabalho e o lazer e em que se antecipe a vida de lazer.
A família, a escola e todos os educadores, têm papel determinante a desempenhar quando da iniciação da criança numa atividade lúdica e ativa de lazer, na qual a freqüente contradição entre o ensino e a realidade necessita ser eliminada. (CARTA DO LAZER, art. 40).
GAELZER (1985), em seu “Ensaio à liberdade: uma introdução ao estudo da educação para o tempo livre”, citando NEULINGER e NEULINGER, afirma que não há uma concordância sobre o que significa “educação para o lazer”, pois diferentes setores vêem o uso do tempo livre e o lazer de formas diferentes. Os educadores estão inclinados a “pensar na educação para o lazer em termos de atividades extra-cirruculares que levem ao uso proveitoso e digno do lazer. Alguns dizem que a educação para o tempo livre é questão de orientação, desperta interesses e habilidades mas existem opiniões diferentes como este é conseguido. Os religiosos dão ênfase à condução moral e aos valores espirituais do lazer. Eles concordam com educadores, psicólogos, sociólogos e outros que estão interessados no desenvolvimento do caráter. Os psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais tratam com a personalidade, ou ajustamento e desajustamentos sociais e estão interessados na solução dos problemas derivados da falta de orientação para o tempo livre. Os psiquiatras enfocam o “stress”, a estabilidade e a saúde mental. “Os professores de educação física estão com a incumbência de promover bons hábitos de saúde, de educação e de lazer, através das atividades físicas, sejam elas lúdicas, esportivas, rítmicas ou gímnicas”.
HABERMAS vê três formas de comportamento no tempo livre, estando estas relacionadas com o trabalho:
Regenerativa – nesse processo o tempo livre serve para recuperar as forças depois de uma jornada fisicamente cansativa. No início da industrialização esta forma de comportamento desempenhou um papel essencial: atualmente, a mesma se encontra tão somente em um grupo limitado de ocupações, já que muitas profissões não requerem esforço físico algum.
Suspensiva – nessa forma se executa durante o tempo livre um trabalho sem a determinação exógena e sem a desproporção da exigência do trabalho profissional. através desta forma que se obtem (ainda que Habermas coloque dúvida) a liberdade e a educação que nos nega o trabalho profissional. Como exemplo dessa forma de comportamento se mencionam a continuação do trabalho profissional em forma de “trabalho negro”, o compromisso com grupos religiosos, políticos ou ideológicos mediante a aceitação de cargos em associações correspondentes.
Compensativa – essa forma de comportamento tende à compensação psíquica das seqüelas nervosas do trabalho. Como exemplo, assinala Habermas, a maior dedicação à família, ao aproveitamento dos modernos meios de satisfação do lazer proporcionado pela chamada indústria cultural e, finalmente, a ocupação em esporte e jogos. Porém Habermas duvida de que na realidade possa dar-se esta possibilidade compensadora, pois estas áreas mostram características que se assemelham ao trabalho.
A análise de Habermas mostra, ademais, que o incremento de horas livres, a redução da semana de trabalho ou a extensão das férias não são suficientes para proporcionar esse verdadeiro tempo livre ganho no transcurso do desenvolvimento industrial; também se necessitam trocas e medidas sociais (citando por HAAG (1981, p. 99), no que concordam SANTIN (1987) e CUNHA (1987).
Para HAAG (1981) o tempo livre tem sido determinado pelas formas fundamentais do comportamento de lazer regenerativo, suspensivo ou compensatório. Deve ser visto em relação com as tentativas educacionais de prepara o homem para que saiba dar um conteúdo adequado ao seu lazer.
A pedagogia do lazer, desenvolvida por OPACHOWSKI (in HAAG, 1981) põe em destaque a necessidade de abordar com medidas e intenções educativas o relevante fenômeno social do lazer, para garantir que o mesmo seja realmente um “tempo livre” para o homem (p. 101). Essa “pedagogia do lazer” se baseia em oito “teses”, resumidas por HAAG (1981):
1 – A pedagogia do lazer constitui uma forma culta de serviço especial que oferece ao indivíduo (desde a etapa pré-escolar até a formação do adulto) ajuda para aprender, desencadear e tolerar as trocas individuais e sociais.
2 – A pedagogia do lazer supõe uma atitude política ante um mundo não armonizável.
3 – A pedagogia do lazer libera da identificação total com os afazeres (e com os afazeres desempenhados durante o tempo livre porém determinados pelo trabalho e por terceiros), da conseqüente idealização do trabalho e do predomínio absoluto do princípio de rendimento.
4 – A pedagogia do lazer estimula ao indivíduo a auto-análise e a reflexão sobre si mesmo e sobre o lugar ocupado por ele no trabalho e no tempo livre.
5 – A pedagogia do lazer vence a angústia, a penúria e a repressão; está aberto ao bem estar, ao lazer e ao desfrute dele mesmo.
6 – A pedagogia do lazer assume uma atitude positiva frente à abundância e variedade das ofertas de consumo, evitando ao mesmo tempo a um permanente autocontrole, vigilância e distância crítica permanentes frente a indústria de lazer.
7 – A pedagogia do lazer proporciona segurança física, psíquica e social e uma nova economia da saúde.
8 – A pedagogia do lazer melhora o estado de ânimo, e assim contribui a atingir o otimismo frente à vida e a fortalecer a autoconsciência.” (p. 100-101).
BRIGHTBILL (citado por PARKER, 1978) acredita que “Educar para o lazer significa expor as pessoas, desde cedo e por muito tempo, nos lares, escolas e dentro da comunidade, a experiências que as ajudarão a desenvolver critérios e habilidades no uso de um crescente tempo de lazer … “. (p.114). Afirma, ainda, que esse processo é lento e seguro, e envolve a transmissão de aptidões e a boa vontade em exercê-las.
KRAUS (citado por GAELZER, 1972) afirma que o principal propósito da educação para o lazer como em qualquer forma de educação, é promover certas mudanças individuais desejáveis nos estudantes que estão exposta a ela. Apresenta, então, um esquema de metas nem que estas mudanças podem ser estabelecidas em termos de:
Atitude: é essencial que o estudante desenvolva um conhecimento da importância do lazer na sociedade e reconheça os valores significativos que eles podem trazer à sua vida ..
Conhecimento: atitudes positivas bem fundadas devem ser suplementadas pelo conhecimento individual; saber “como”, “por que”, e “onde” deve ocorrer a participação recreativa …
Habilidades: o objetivo de ensinar técnicas não é somente o de conseguir que o estudante domine um certo número de atividades específicas, com a idéia de que ele necessáriamente participará delas, em sua vida recreativa, na juventude e idade adulta; e ainda proporcionar certas habilidades básicas, para que ele possa participar dessas habilidades com um certo grau de competência, sucesso e prazer …
Comportamento: qualquer das metas acima, atitude, conhecimento e habilidades, leva a esse último propósito que é o comportamento. A conseqüência da educação para o lazer dever ser a existência de um comportamento que é marcado pela capacidade de um bom julgamento pessoal, quando da seleção de atividades recreativas … (p. 1-2).
Para esse autor, a escola tem a responsabilidade de proporcionar experiências vivas, tanto pela assistência direta ao corpo discente como pela colaboração com a comunidade que também deve proporcionar atividades recreativas para a intensificação de seu programa de educação para o lazer. O comportamento de lazer pode ser firmado e os hábitos de participação efetiva podem ser solidamente implantados se a escola se esforçar em ensinar uma real participação nas atividades de tempo livre.
Para NAHRSTET (citado por GAELZER, 1972), as funções da educação para o tempo livre se sintetizam em:
Recuperação – renovação das energias através do descanço;
Compensação – elemento harmonizador diante das exigências e fracassos da vida de trabalho; a tarefa pedagógica da educação para o tempo livre é dar relevância às atividades que proporcionem a recreação e favorecer a visão cultural e intelectual;
Meditação – ato do indivíduo se questionar a respeito de sua existência e afirmação. Essa função só pode acontecer em momentos de lazer, em percepção contemplativa do indivíduo consigo mesmo levando-o à meditação; essa oportunidade que questiona o sentido da existência e a vida de liberdade e realização pessoal e social se torna possível no campo do tempo livre;
Emancipação – consiste na libertação pessoal de domínio e independência indispensáveis para a autonomia individual e social; nesse sentido, o tempo livre se transforma em tempo de liberdade. (p. 3).
GAELZER (1985) considera que é uma tarefa difícil, pois significa educar a criança a ser ela mesma, ser autônoma, autorealizadora e consciente: “… talvez a forma mais pura de educação para o lazer seja: ensinar a gostar de fazer coisas, não para apresentação exterior, e sim por satisfação; isto não é novidade, ensinar através do jogo e do brinquedo é provavelmente a melhor maneira conhecida de aprendizagem.” (p. 47)
Para essa autora, lazer “é a harmonia individual entre a atitude, o desenvolvimento integral e a disponibilidade de si mesmo. É um estado mental ativo associado a uma situação de liberdade, de habilidade e de prazer.” (GAELZER, 1979, p. 54)19.
Conclusão
Não se constitui tema novo que o ensino da Educação Física se refira ao tempo livre, pois em fins do século passado e início deste, a mobilização de grandes massas de jovens e adultos, através de campanhas de recreação, serviram de base para uma educação extra-escolar, sendo incluída, nesse movimento, a Educação Física (TOLKMITT, 1985).
O repensar a escola pública em função da clientela das classes populares e do desenvolvimento de metodologias que estimulem a criatividade e o trabalho independentes (BRESSANE, 1986; ESCOBAR & TAFFAREL, 1987; SANTIN, 1987), leva-nos a preconizar uma educação física voltada para os princípios de uma Educação Permanente, com base no esforço comunitário, em substituição à tônica da aptidão física, presente na década passada (FARIA JÚNIOR, apud BRESSANE, 1985) .
Vários organismos internacionais, tomando consciência do inestimável valor formativo das horas concedidas aos trabalhadores e aos estudantes à margem de suas ocupações, têm considerado ser papel da Educação Física orientar a ocupação desses tempos livres em práticas de recreação lúdica e desportiva, pois as sociedades modernas, devido à organização racional do trabalho, são “sociedades de tempo livre” (DUMAZEDIER, 1979; SOBRAL, 1985; CUNHA, 1987).
Assim, a Educação para o tempo livre se constitui num caminho a seguir, buscando seus fundamentos filosóficos na concepção utilitária e social (PEREIRA, apud OLIVEIRA, 1985)1 onde a esfera do lazer possa ser tão produtiva e valiosa quanto a esfera do trabalho.
Sem perder de vista o disposto na legislação vigente, no que tange à Educação Física Escolars, a escola deve atender às necessidades, interesses e motivações de seus alunos, onde o aspecto recreativo, base da concepção utilitária e social da educação física, deve ser levado em consideração quando do planejamento das atividades a serem desenvolvidas, pois trabalho e tempo livre, tal como a educação intelectual e a educação física, não podem ser consideradas como partes separadas de nossas vidas.
Referências Bibliográficas
AMADOU, Mahtar M’Bow. Discurso proferido na abertura do Congresso Internacional de Educação Física, Trés-Riviére, 26 de junho de 1979. Boletim da Federação Internacional e Educação Física, Belo Horizonte, v. 49, n. 3, 1979, p. 51-55.
BRASIL, Leis e Decretos. Legislação e normas do ensino do 20 grau. Brasília : MEC/SEPS, 1984, v. 3.
BRASIL, Leis e Decretos. Leis básicas do ensino de 1 0 grau. ed. atual. Brasília : MEC/SEPS, 1983.
BRESSANE, Riselaine. Uma nova maneira de pensar educação física. Comunidade Esportiva, Rio de Janeiro, n. 23, mar.-abr., 1983, p. 7.
BRUM, Eloah Freire Fritsc & Outros. Educação Física. (in) O artigo 70 na Lei 5692/71 no ensino do 20 grau. Brasília : MEC/DEM, 1978, cap. 2, p. 31-45.
CANTARINO FILHO, Mário Ribeiro & PINHEIRO, Ewerton Negri. Ginástica de pausa, trabalho e produtividade. Revista Brasileira de Educação Física e Desportos, Brasília, n. 20, mar./abr., 1984, p. 20-30.
CAVALCANTI, Kátia Brandão. A função cultural do esporte e suas ambigüidades sociais. (in) COSTA, Lamartine Pereira da. (org.) Teoria e prática do esporte comunitário e de massa. Rio de Janeiro : Palestra, 1981, p. 301-316.
COSTA FERREIRA, Vera Lúcia. Prática de educação física no 10 grau: modelo de reprodução ou perspectiva de transformação ? São Paulo : IBRASA, 1984.
COSTA FERREIRA, Vera Lúcia. Do pensamento político educacional a uma perspectiva de transformação em educação física. (in) TUBINO, Manoel José Gomes & Outros. hOMO Sportivus. Rio de Janeiro : Palestra, 1985. V. 3, p. 35-50.
CUNHA, Newton. a felicidade imaginada: a negação do trabalho e do lazer. São Paulo : Brasiliense, 1987.
DIECKERT, Jürgen. A educação física no Brasil.. A educação física brasileira. (in) ESCOBAR, Micheli & TAFFAREL, Celí N.Z. Metodologia esportiva e psicomotricidade. Recife : Gráfica Recife, 1987, p. 2-19.
DIEM, Liselott. Esporte para crianças: uma abordagem pedagógica. Rio de Janeiro : Beta, 1977.
DRÃGAN, Ioan. Recuperação no trabalho pelo desporto. Lisboa : Horizontes, 1981.
DUMAZEDIER, Jofre. Sociologia empírica do lazer. São Paulo : Perspectiva, 1979.
EMERENCIANO, Maria do Socorro Jordão. Preparação para o trabalho. Brasília : MEC/SEPS, 1984.
ESCOBAR, Micheli & TAFFAREL, Celí N.Z. Metodologia esportiva e psicomotricidade. Recife : Gráfica Recife, 1987.
FONSECA, Marília & PARENTE, Marta Maria de Alencar. A preparação para o trabalho no currículo do 20 grau. Brasília : MEC/SEPS, 1983.
FONSECA, Américo J. Cardoso & BARBOSA, Arnaldo Martins. A educação física como meio de prevenção de acidentes de trabalho e de recuperação. Lisboa : Fundação Nacional para a Alegria do Trabalho, 1972.
FUNDAÇÃO VAN CLÉ. Carta do lazer. Comunidade Esportiva, Rio de Janeiro, n. 9, 1980, p. 20.
GAELZER, Lenea. Ensaio à liberdade: uma introdução ao estudo da educação para o tempo livre. Porto Alegre : UFRGS, 1985. (Tese de livre-docência).
GAELZER, Lenea. Lazer, bênção ou maldição ? Porto Alegre : Sulina/UFRGS, 1979.
GAELZER, Lenea. Recreação e lazer. (in) Curso de especialização em educação física. Florianópolis : UFSC/Centro de Esportes, 1972. (mimeog.).
GELPI, Etore. Lazer e educação permanente: tempos, espaços, políticas e atividades Permanentes e de lazer. São Paulo : SESC, 1983.
GOMES, Salvatore. Tiempo libre, tiempo liberado. Madri : Unión, 1970.
HAAG, Hebert. Deport y tiempo libre. (in) KOCH, Karl. Hacia una ciência del deporte. Buenos Aires : Kapelusz, 1981, p. 95-115.
HAAG, Herbert. Deport y salud. (in) KOCH, Karl. Hacia una ciência del deporte. Buenos Aires : Kapelusz, 1981, p. 116-126.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo : Perspectiva, 1971.
JORDÃO RAMOS, Jair. Os exercícios físicos no tempo e no espaço. Boletim da Federação Internacional de Educação Física, Belo Horizonte, v. , n. 2, 1973, p. 13-26.
KOCH, Karl. Hacia una ciência del deporte. Buenos Aires : Kapelusz, 1981
KUNZ, Dietich. Nove tarefas para a educação física escolar. (in) DIECKERT, J. & BRODTMANN, D. Elementos e princípios de educação física: uma antologia. Rio de Janeiro : Ao Livro Técnico, 1986, p. 140-161.
LeBOUCH, Jean. A educação pelo movimento: a psicocinética na idade escolar. Porto Alegre : Artes Médicas, 1983.
MANUEL SÉRGIO Vieira e Cunha. A educação física que temos e a educação física que quer o povo brasileiro. CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Recife, 1987. Palestra inaugural. (mimeog.).
MEDINA, João Paulo Subirá. A educação física cuida do corpo … e mente. Campinas : Papirus, 1983.
MOREIRA, Wagner Wey. Prática da educação física na universidade. Campinas, UNICAMP, 1985.
OLIVEIRA, Vitor Marinho de. Educação física humanística. Rio de Janeiro : Ao Livro Técnico, 1985.
OLIVEIRA, Vítor Marinho de. Orientação para repensar a educação física. Comunidade Esportiva, Rio de janeiro, n. 29/30, maio-jun., 1984, p. 14-16.
OLIVEIRA, Vítor Marinho de. O que é educação física ? São Paulo : Brasiliense, 1983.
PARKER, Stanley. A sociologia do lazer. Rio de Janeiro : Zahar, 1978.
PEREIRA, Francisco A. Coelho. Esporte comunitário na Fundação Ishibrás. Comunidade Esportiva, Rio de Janeiro, n. 9, dez., 1980, p. 6.
SALGADO, Maria Umbelina C. A difícil relação entre a escola e o mercado de trabalho. (in) A prática docente e a formação do técnico industrial. São Paulo : CENAFOR, 1984.
SANTIN, Silvino. Educação física: uma abordagem filosófica da corporeidade. Ijuí: Unijuí, 1987.
SCHMITZ, João Carlos. Ginástica laboral compensatória. Comunidade Esportiva, Rio de Janeiro, n. 16, set.-out., 1981, p. 2-3-.
SESC-SP. Ginástica na empresa. Comunidade Esportiva, Rio de Janeiro, n. 9, dez., 1980, p. 6-9.
SOBRAL, Francisco. Introdução à educação física. 4 ed. Lisboa : Horizontes, 1985.
THOMAZ, Florismar Oliveira. A revolução metodológica da educação física. Comunidade Esportiva, Rio de Janeiro, n. 14, maio-jun., 1981, p. 2-4-.
THOMAZ, Florismar Oliveira. Educação tradicional: um desistímulo ao esporte comunitário. Comunidade Esportiva, Rio de Janeiro, n. 22, jan.-fev., 1983, p. 16-17
TOLKMITT, Horst Carlos. Sugestões de uma alternativa para a filosofia do EPT no Brasil. Comunidade Esportiva, Rio de Janeiro, no. 35, nov.-dez., 1985, p. 2-8.
TOTI, Gianni. Tiempo libre y explotacion capitalista. Méxixo : Cultura Popular, 1975.
TUBINO, Manoel José Gomes. Os conceitos de eficiência e eficácia como orientadores administrativos de cursos de graduação em educação física. Brasília : MED/DED, 1977.