Resumo

O objetivo deste estudo foi a tradução e validação do Physical Activity Enjoyment Scale, a partir da versão de Mullen et al., numa amostra de atletas portugueses e a invariância entre gêneros, desportos de natureza e natação, bem como, comprovar critérios de validade externa através da versão portuguesa do BRSQ. Participaram neste estudo 1032 atletas (273 desporto natureza; 759 natação), com uma média de 18,95 ± 6,59 anos de idade. Os dados foram analisados através de análise fatorial confirmatória (método da máxima verosimilhança), análise multigupos (invariância entre grupos) e análise correlacional. Os resultados suportam a adequação dos modelos (1 fator, oito itens), para cada uma das amostras (geral:χ²=181,96, p=<0,01, df=20, SRMR=0,04, NNFI=0,94, CFI=0,96, RMSEA=0,07, RMSEA 90% IC=0,06-0,08; masculino: χ²=113,27, p=<0,01, df=20, SRMR=0,035, NNFI=0,95, CFI=0,97, RMSEA=0,07, RMSEA 90% IC=0,06-0,08; feminino: χ²=67,59, p=<0,01, df=20, SRMR=0,03, NNFI=0,94, CFI=0,96, RMSEA=0,07, RMSEA 90% IC=0,06-0,09; desporto de natureza: χ²=42,32, p=0,02, df=20, SRMR=0,037, NNFI=0,96, CFI=0,98, RMSEA=0,06, RMSEA 90% IC=0,04-0,08; natação: χ²=130,14, p=<0,001, df=20, SRMR=0,04, NNFI=0,943, CFI=0,.96, RMSEA=0,07, RMSEA 90% IC=0,06-0,08), bem como, revelou ser invariante em função dos gêneros e das modalidades (ΔCFI≤0,01). O divertimento correlacionou-se positivamente com regulação identificada (r=0,82), regulação integrada (r=0,62) e motivação intrínseca (r=0,90), e negativamente com a amotivação (r=-0,25), regulação externa (r=-0,42) e regulação introjetada (r=-0,38). Estes resultados permitem-nos afirmar que a tradução e adaptação do PACES, pode ser utilizada com elevado grau de validade e fiabilidade na avaliação do divertimento em futuros estudos, suprimindo uma lacuna existente. 

Acessar