Traduções de um currículo reformado: Práticas corporais de lutas no novo ensino médio

Parte de Escrevivências da educação física cultural - Vol. 4 . páginas 141 - 175

Resumo

Narrar uma experiência pedagógica vivida e sentida ao longo do primeiro semestre do ano de 2023 nas aulas de itinerário formativo ligadas a uma turma de 2ª série do Ensino Médio, eis a intenção deste texto. Uma tarefa que denota a (re)criação de relações intensas e complexas entre os diversos sujeitos da educação (estudantes, professor, equipe gestora, funcionárias). Destaco que os escritos se tratam apenas do olhar docente para aquilo que se viveu coletivamente, sem qualquer pretensão de incorrer numa totalidade de fatos. Descrevo, simplesmente, percepções, invenções, fabulações. Os encontros entre estudantes e docente foram marcados por múltiplos sentimentos produzidos pelo contexto do Novo Ensino Médio, doravante, NEM. Discentes desmotivados, aflitos, agoniados, angustiados e preocupados com a configuração recém imposta. “Nós só temos duas aulas de Português e duas de Matemática”. “Tem muita aula de itinerário”. “É itinerário? Então vou faltar”. “Quem fez essa mudança?” “A impressão que dá é que essas aulas de itinerário é tudo igual. Só fala de cultura”