Resumo

Analisar o nível de transparência na gestão das organizações esportivas brasileiras, avaliando a disponibilidade de informações essenciais em seus sites institucionais e discutindo os desafios para a governança democrática e transparente.

Metodologia/abordagem: Pesquisa descritivo-analítica com abordagem qualitativa, baseada na análise de 34 sites de confederações esportivas vinculadas ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). Utilizou-se uma matriz de avaliação com três dimensões (transparência ativa, passiva e boas práticas), composta por 39 itens ponderados, classificados como essenciais, obrigatórios ou recomendados. Os dados foram coletados entre julho de 2024 e março de 2025.

Originalidade/Relevância: O estudo inova ao propor um ranking de transparência específico para o contexto esportivo brasileiro, integrando critérios legais e boas práticas de governança. Sua relevância reside no momento de revisão das políticas esportivas nacionais, com a recriação do Ministério do Esporte e a promulgação da Nova Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023).

Principais resultados: Apenas 23,5% das entidades cumpriram todos os itens de transparência ativa, enquanto nenhuma atendeu plenamente às boas práticas, especialmente em igualdade de gênero (apenas 8% dos itens). Confederações como as de Voleibol e de Ginástica destacaram-se (classificação “ouro”), enquanto a de Futebol apresentou o pior desempenho (“amadora”).

Contribuições teóricas/metodológicas: Desenvolvimento de uma matriz analítica adaptável para monitoramento contínuo da transparência no esporte, alinhada às demandas de controle social e accountability.

Contribuições sociais/para a gestão: O estudo evidencia a necessidade de políticas afirmativas para mulheres na gestão esportiva e reforça a transparência como condição para o acesso a recursos públicos, visando à democratização do setor.

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