Transporte ativo para o trabalho entre professores da educação básica pública do estado de Minas Gerais
Por Rosângela Ramos Veloso Silva (Autor), Vítor Fonseca Bastos (Autor), Geane Hellen Leal Mota (Autor), Gabriel Oliveira Mota (Autor), Nayra Suze Souza e Silva (Autor), Marise Fagundes Silveira (Autor), Maria Fernanda Santos Figueiredo Brito (Autor), Lucineia de Pinho (Autor), Desirée Sant’Ana Haikal (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 23, 2021.
Resumo
O objetivo do estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados ao transporte ativo para o trabalho entre professores da educação básica pública do estado de Minas Gerais. Foi realizado inquérito epidemiológico do tipo websurvey com professores da rede pública estadual de educação básica de Minas Gerais e a coleta ocorreu de agosto a setembro de 2020 via formulário digital. A variável dependente foi o transporte ativo para o trabalho e foi utilizada a Regressão de Poisson bruta e ajustada. Participaram do estudo 15.641 professores. Desses, 26,1% faziam transporte ativo para o trabalho. Houve maior prevalência entre as mulheres (RP=1,08; IC95% 1,01; 1,17), aqueles com idade de 41 a 59 anos (RP=1,20; IC95% 1,12;1,28), da área urbana (RP=1,51; IC95% 1,37;1,66), com menor renda familiar (RP=1,75; IC95% 1,48;1,93), os com tempo de trabalho superior a 20 anos (RP=1,27; IC95% 1,19;1,35), que trabalham na docência em até 39 horas semanais (RP=1,15; IC95% 1,06;1,25), com peso eutrófico (RP=1,09; IC95% 1,02;1,17) e aqueles que praticavam atividade física 5 vezes ou mais por semana (RP=1,25; IC95% 1,15;1,36). Os resultados evidenciaram que há prevalência significativa de professores que não realizam o transporte ativo para o trabalho. A maior prevalência de transporte ativo para o trabalho teve associação significativa com diversas variáveis, dentre os quais se destacam área censitária e renda familiar. Incentivos são necessários para promover o transporte ativo entre professores.