Transtornos Invasivos de Desenvolvimento no Autismo e Síndrome de Asperger: Uma Revisão Sistemática
Por Patrícia Haas (Autor), Karina Mary Paiva (Autor), Vanessa Pereira Corrêa (Autor), Ana Inês Gonzáles (Autor), Eduarda Besen (Autor), Emanuelle Moreira (Autor), Josiane da Cunha (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 28, n 2, 2020.
Resumo
Resumo
Introdução: O autismo e a síndrome de Asperger são descritos como transtornos invasivos do desenvolvimento e suas características clínicas centrais incluem déficits qualitativos na interação social e na comunicação, padrões de comportamento repetitivos e estereotipados e um repertório limitado de interesses e atividades. Esse transtorno geralmente está associado à comorbidades como o Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC). Objetivo: Verificar evidências científicas da a importância do exercício físico no tratamento do indivíduo autista e com Síndrome de Asperger, além de observar as modalidades de intervenção utilizadas e seus benefícios concomitantes na coordenação motora e desenvolvimento cognitivo destes pacientes. Métodos: Realizadas buscas nas bases de dados PUBMED, LILACS, SciELO e PEDro sem restrição de idiomas ou localização e tempo até maio de 2019. Utilizando os termos [(Autistic Disorder) AND (Asperger Syndrome) AND (Exercise) AND (Cognition)]. Tendo como critérios de inclusão estudos com intervenções com uso de exercício físico. Resultados: Após busca nas bases, foram identificados 655 artigos, ao final, somente 7 cumpriram os critérios de inclusão estabelecidos respondendo a pergunta norteadora, sendo considerados elegíveis. Ambos os estudos retrataram diversas abordagens diferentes dos exercícios físicos, sendo aeróbicos, de força, aquáticos, com uso de tecnologias. A quantidade e duração das sessões dos exercícios variaram de estudo para estudo. Conclusão: Pode-se concluir que os exercícios físicos trazem um importante impacto em diversos aspectos da vida do paciente TEA, e diante das abordagens investigadas o exercício aquático se mostrou mais eficaz. Abre-se, assim, uma lacuna na literatura para novos estudos que busquem explicações para esses resultados, além da busca por tratamentos mais eficazes.