Tratamento da Síndrome do Túnel Ulnar Pela Técnica da Epicondilectomia Parcial Medial do Cotovelo
Por Marcio Eduardo de Melo Viveiros (Autor), Marcelo Hide Matsumoto (Autor), Thiago Bernardes Bastos (Autor), Marcio José Soares de Moraes (Autor), Anderson Uehara (Autor), Henrique Pereira (Autor).
Em Revista Brasileira de Ortopedia v. 43, n 11, 2008. Da página 490 a 496
Resumo
OBJETIVO: Analisamos retrospectivamente os resultados de 21 casos de síndrome cubital tratados cirurgicamente com a técnica da epicondilectomia parcial medial.
MÉTODOS: No período de fevereiro de 2001 a outubro de 2006, 21 pacientes com síndrome do canal cubital foram tratados pela técnica da epicondilectomia parcial medial do cotovelo associada à neurólise do nervo ulnar. Destes, 12 (57,1%) eram do sexo masculino. O lado direito foi o acometido em 15 (71,4%) pacientes. A média da idade dos pacientes foi de 51,6 anos. Pela graduação de McGowan, seis (28,6%) pacientes encontravam-se no grau I, 11 (52,3%), no grau II e quatro (19,1%), no grau III do período pré-operatório.
RESULTADOS: O tempo médio de acompanhamento pós-operatório foi de 25,7 meses. No pós-operatório, os pacientes foram avaliados conforme a escala de pontos de Bishop, sendo que nove (42,8%) apresentavam resultados excelentes, sete (33,3%), bons, três (14,2%), regulares e dois (9,5%), ruins. Nesta série, não se encontraram como complicações a instabilidade em valgo residual, a lesão permanente do nervo ulnar, a recidiva da compressão ou a subluxação do nervo ulnar. As complicações encontradas foram perda do arco de movimento em um (4,7%) caso, infecção superficial em um (4,7%) e um (4,7%) com dor residual.
CONCLUSÃO: Os resultados apresentados permitem concluir que a epicondilectomia parcial medial do cotovelo associada à neurólise do nervo ulnar é eficiente e segura para o tratamento da síndrome do canal cubital.