Resumo

A discussão sobre a equidade de participação das mulheres no esporte não é algo recente. Desde 2014, com o lançamento da Agenda Olímpica 2020 pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), foi colocada em debate a promoção de condições e a inserção das mulheres em todas as esferas do ambiente esportivo nacional. Desde então as diretrizes foram atualizadas por meio do lançamento da Agenda 2020+5. Seguindo as diretrizes do COI para a valorização do esporte feminino, o Comitê Olímpico do Brasil criou, em 2021, a área Mulher no Esporte seguida da criação da Comissão Mulher no Esporte, em 2022 (COB,2023). Em paralelo ao movimento olímpico, a Agenda 2030 das Nações Unidas, em um manifesto global, lançou 17 objetivos (ODS) sendo o ODS 5 busca por equidade de gênero. Indo ao encontro dos posicionamentos internacionais e as políticas do COB, em 2022 a Confederação Brasileira de Voleibol cria a Política de Equidade de Gênero e Valorização da Diversidade e, em 2023 assina o Pacto Global da ONU (CBV, 2023). No Voleibol, como em outros desportos coletivos, o número de treinadoras nas equipes adultas nacionais é bem reduzido. Já nas atividades na base, os números de treinadores homens e mulheres é muito próximo. A Comissão Nacional de Treinadores da CBV no intuito de aumentar a abrangência das ações de inclusão das treinadoras implementou com apoio do COB, a Capacitação de Treinadoras de Voleibol que, em 2023 atendeu aquelas envolvidas com a modalidade quadra. E, em 2024 estamos capacitando as treinadoras de Praia. Objetivo: Para que a implantação definitiva ocorra se fez necessário a identificação do perfil das treinadoras de Voleibol de Quadra e Praia de maneira a fundamentar a escolha dos conteúdos específicos a serem trabalhados com os 2 grupos distintos. Metodologia Para o desenvolvimento dessa pesquisa foi elaborado um questionário fechado composto por 43 questões. Foi construído por pesquisadoras do Laboratório de Estudos em Pedagogia do Esporte (LEPE) da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e o grupo de estudo do presente trabalho. O questionário foi estruturado e disponibilizado através da plataforma do Google® Docs. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando as medidas de tendência central. Resultados: Descritos na Tabela 1. Médias e valores percentuais das variáveis do perfil. Conclusão: Como as treinadoras envolvidas nas capacitações perfazem cerca de 20% do total o resultado reflete o grupo existente no país. O que mais difere é o quantitativo por região. No caso da Praia, maior número no NE e quadra no SE. Provavelmente reflexo da prática em maior incidência e resultados respectivamente, nestas regiões.

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