Treinamento Aeróbio Aumenta a Sensibilidade à Insulina de Mulheres Pós-menopausa
Por Crivaldo Gomes Cardoso Junior (Autor), Eliana Labes (Autor), Sandra B. Abrahão (Autor), Tais Tinucci (Autor), Décio Mion Junior (Autor), Angela Maggio Fonseca (Autor), Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz (Autor), Daniela Sakai (Autor), Joseane Gusmão (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: Apesar do efeito do treinamento físico aeróbio sobre a sensibilidade à
insulina já estar bem demonstrado em algumas populações, esse efeito em mulheres
pós-menopausa, que freqüentemente apresentam resistência à insulina, ainda precisa
ser mais bem investigado. Dessa forma, esse foi o objetivo deste estudo.Material e
Método: 20 mulheres histerectomizadas (51±1 anos) e na pós-menopausa (50%
em uso de terapia estrogênica com valerato de estradiol) foram aleatoriamente
divididas em dois grupos: controle (C) e treinado (T). O treinamento constou de 3
sessões/semana de 50 minutos de exercício no cicloergômetro em 60 a 80% do
VO2pico. Antes e após 6 meses do estudo, o VO2pico (ergoespirometria) e a
sensibilidade à insulina (clampeamento euglicêmico/hiperinsulinêmico - insulinemia
100uU/ml) foram medidos. Os dados foram analisados pela ANOVA de 2 fatores.
Resultados: O VO2pico aumentou expressivamente apenas no grupo treinado
(+3,9±1,0 vs. +0,9±0,8ml.kg-1.min-1, P<0.05).A taxa de captação de glicose durante
o clampeamento também aumentou significantemente apenas no grupo treinado
(+1,5±0,5 vs. -1,0±0,5mg.kg-1.min-1, P<0,05). O peso corporal e o índice de massa
corporal não se modificaram em nenhum dos grupos. Não houve correlação
significante entre as alterações da taxa de captação de glicose e as modificações do
peso (r=0,2316), índice de massa corporal (r=-0,2875) e VO2pico (r=0,3815) no
grupo treinado. Conclusão: Em mulheres histerectomizadas, pós-menopausa e com
e sem o uso de terapia estrogênica, o treinamento aeróbio além de aumentar a
aptidão aeróbia, melhora a sensibilidade à insulina, sendo esse aumento independente
da alteração de peso e índice de massa corporais. Auxílio financeiro FAPESP (proc.
01/14989-7)