Resumo

A obesidade é um problema de saúde pública mundial e está fortemente relacionada com a resistência à insulina. Esta última encontra-se associada à doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), doença caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, que pode levá-lo à falência. Na atualidade, o tratamento sugerido para DHGNA consiste na diminuição da ingestão de gordura associada à atividade física. Contudo, pouco se sabe quanto aos protocolos de treinamento mais adequados para a prevenção ou tratamento dessa doença. O presente estudo visou analisar os efeitos do exercício físico na intensidade de 80% do limiar anaeróbio (LAn) sobre marcadores de DHGNA em ratos obesos. Para a indução da obesidade, os animais, a partir dos 90 dias de idade, foram mantidos com dieta hiperlipídica/hipercalórica (35% de gordura animal/vegetal) e os animais controles tratados com dieta balanceada (AIN-93M). Todos os animais foram submetidos a testes de lactato mínimo para a identificação do limiar anaeróbio (LAn) durante exercício de natação. Parte dos animais de cada grupo foi submetida ao treinamento por natação, em intensidade equivalente a 80% do LAn, 1 h/dia, 5 dias/semana, por 16 semanas. Outra parte teve o treinamento suspenso após 8 semanas, ficando em observação por 8 semanas adicionais. Outra parte, ainda, permaneceu sedentária ao longo de todo o experimento. Foi possível padronizar um protocolo de determinação da capacidade aeróbia para ratos recém-nascidos, o exercício físico realizado desde a infância até aos 90 dias de idade contribui na redução do ganho de peso, melhora no metabolismo da glicose e menor acúmulo de gordura hepática. O destreinamento fez com que algumas melhorias metabólicas decorrentes do exercício físico fossem neutralizadas, assim como o ganho de peso.

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