Treinamento com Pesos Melhora Capacidade Funcional, Biomarcadores Inflamatórios e de Estresse Oxidativo em Idosas com Obesidade Sarcopênica
Por Crisieli Maria Tomeleri (Autor), Claudia Regina Cavaglieri (Autor), Melissa Antunes (Autor), Paollo Marcelo da Cunha Fabro (Autor), Danielle Venturine (Autor), Décio Sabbatini Barbosa (Autor), Edilaine Fungari Cavalcante (Autor), João Pedro Alves Nunes (Autor), Hellen Clair Garcez Nabuco (Autor), Durcelina Schiavoni (Autor), Mariana Ferreira de Souza (Autor), Edilson Serpeloni Cyrino (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A sarcopenia é um processo que envolve redução da massa muscular acompanhada de diminuição da capacidade funcional. Mais recentemente, a combinação entre sarcopenia e obesidade tem recebido a denominação de obesidade sarcopenica (OS), um fenômeno que pode resultar em importantes limitações funcionais e distúrbios metabólicos. Embora a prática regular de treinamento com pesos (TP) seja aparentemente uma estratégia interessante para controlar a sarcopenia e a obesidade, de forma isolada, pouco se conhece sobre o impacto do TP sobre a OS. Objetivo: Analisar o efeito de 12 semanas de TP sobre indicadores de capacidade funcional, composição corporal, biomarcadores inflamatórios e de estresse oxidativo (EO) em mulheres idosas com OS. Métodos: Trinta e duas mulheres idosas (> 60 anos), portadoras de OS (Chen et al., 2017), foram aleatoriamente divididas em: grupo treinamento (GT, n = 16) submetido a um programa de TP por 12 semanas (oito exercícios, 3 X 10-15 RM, três sessões semanais); e grupo controle (GC, n = 16), sem a prática de exercícios físicos pelo mesmo período. Testes de caminhada de 10 m e 1-RM; medidas de composição corporal (gordura corporal e massa isenta de gordura e osso apendicular) e dosagens bioquímicas (TNF- -10, TRAP e AOPP) foram realizadas antes e após 12 semanas de intervenção. Resultados: Análise de variância (ANOVA) two-way para medidas repetidas revelou melhoria de todas as variáveis analisadas no GT quando comparado ao GC, exceto TRAP. Conclusão: Doze semanas de TP parecem ser suficientes para melhorar a capacidade funcional, composição corporal, biomarcadores inflamatórios e de estresse oxidativo em mulheres idosas com obesidade sarcopênica.