Treinamento com Pilates Induz Alterações na Musculatura do Tronco de Adolescentes
Por Noelia González-gálvez (Autor), María Carrasco Poyatos (Autor), Pablo Jorge Marcos Pardo (Autor), Yuri Feito (Autor), Rodrigo Gomes de Souza Vale (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 25, n 3, 2019.
Resumo
Introdução
O método Pilates pode ser uma forma adequada de exercício para melhorar a força dos músculos do tronco, que podem ser um preditor de dor e problemas musculoesqueléticos.
Objetivo
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do método Pilates sobre a força muscular e resistência dos músculos extensores e flexores do tronco em um grupo de adolescentes.
Métodos
A amostra foi composta de 101 estudantes do ensino médio divididos em dois grupos: um grupo experimental (GE = 81) e um grupo controle (GC = 20). A intervenção foi realizada duas vezes por semana durante seis semanas. Cada sessão durou 55 minutos e foi dividida em três partes: aquecimento, parte principal e relaxamento. A força muscular foi avaliada com o teste de Sörensen e o teste de flexão abdominal com apoio de pernas. Para a análise de dados, foram empregados o teste t de amostras pareadas, o teste t para amostras independentes e o coeficiente de correlação de Pearson. O tamanho do efeito (d) foi determinado.
Resultados
O GE apresentou melhoras significativas em ambos os testes (+34,77 pontos; +18,55 pontos, respectivamente). Não foram observadas alterações no GC. O tamanho do efeito foi alto (d > 1,15) para ambos os testes, o que significa que os resultados foram melhores em uma grande proporção de participantes. O grupo controle apresentou declínio da força muscular do tronco. No grupo experimental, meninos e meninas apresentaram melhoras significativas em ambos os testes. Esse aumento de força foi atingido por uma alta proporção de meninos e meninas (d > 1,15). O tamanho do efeito foi alto (d > 1,15) nos dois testes e sexos.
Conclusão
Seis semanas depois da implantação do método Pilates nas aulas de educação física, a força muscular dos flexores e extensores do tronco aumentou nos adolescentes. Nível de Evidência II; Estudos Terapêuticos - Investigação dos resultados do tratamento.