Treinamento combinado melhora a habilidade de marcha de idosas destreinadas
Por Antônio Gomes de Resende-Neto (Autor), Marcelo Mendonça Mota (Autor), Newton Benites Carvalho Lima (Autor), Salviano Resende Silva (Autor), Laiza Ellen Santana Santos (Autor), Leury Max Da Silva Chaves (Autor), André Filipe Santos de Almeida (Autor), Marzo Edir Da Silva-Grigoletto (Autor).
Resumo
A habilidade de marcha refere-se à capacidade de caminhar de forma eficiente e segura, e quando ocasionada pela senescência constitui uma das principais causas de perda de independência e capacidade de realizar atividades diárias em idosos. No entanto, apesar de toda a informação disponível na literatura sobre esta problemática, ainda não há consenso em relação à sua prevenção e tratamento, especialmente sobre qual a melhor prescrição de exer-cícios físicos. Objetivo: Analisar os efeitos do treinamento combinado em determinantes da habilidade de marcha de idosas destreinadas. Métodos: Trata-se de um estudo piloto quase-ex-perimental, no qual participaram da intervenção 60 idosas divididas em dois grupos distintos: Grupo Treinamento Combinado (TC: n = 42; 68,1 ± 5,9 anos; 27,3 ± 3,8 kg/m-²) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67,2 ± 7,1 anos; 27,7 ± 5,2 kg/m-²). O período de intervenção foi 12 semanas, com-preendendo três sessões semanais, com duração de, aproximadamente, 50 minutos e tempo de recuperação mínimo de 48 horas entre as sessões. Inicialmente as participantes do TC realiza-ram dois minutos de caminhada e 15 agachamentos como aquecimento, logo após realizaram 25 minutos exercícios resistidos tradicionais em máquinas, depois 15 minutos de caminhada alternada com corrida leve e por fim, 5 minutos de alongamentos submáximos para os princi-pais grupos musculares. A habilidade de marcha foi analisada por meio dos seguintes testes: Time up and go, velocidade em 10 metros e caminhada de 6 minutos. A análise dos dados foi feita mediante ANOVA 2x2 com post hoc test de Bonferroni. Resultados: Em relação aos valores iniciais, o TC apresentou melhoras estatisticamente significativas em todas as variáveis relacio-nadas a habilidade de marcha (p ≤ 0,05). Quando comparado ao GC, o TC promoveu adaptações estatisticamente significativas nos testes: 1- Time up go (TC: 5,40 ± 0,63 vs GC: 5,87 ± 0,75 seg.; ∆%: 8,7; p = 0,01); 2- Velocidade em 10 metros (TC: 4,54 ± 0,54 vs GC: 4,90 ± 0,73 seg.; ∆%: 7,9; p = 0,03); 3- Caminhada de 6 minutos (TC: 553,18 ± 62,51 vs GC: 495,04 ± 78,46 metros; ∆%: 11,74; p ≤0,01). Conclusão: O presente protocolo de TC demostra-se eficaz na melhora da habilidade de marcha em idosas destreinadas. Assim, apresentamos uma opção viável para combater a inca-pacidade física relacionada com a senescência