Treinamento de Força Dinâmico e Isométrico Promove Diferentes Adaptações Neuromusculares em Ratos Wistar
Por Rodrigo Vanerson Passos Neves (Autor), Thiago dos Santos Rosa (Autor), Thassinara Monteiro dos Santos (Autor), Rafael Emídio Costa (Autor), Alexsander José da Costa de Oliveira (Autor), Gustavo Neves de Souza Gomes (Autor), Bernado Brixi (Autor), Milton Rocha de Moraes (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O treinamento de força (TF) é utilizado em rotinas de treinamento para melhora do desempenho atlético e, também como ferramenta não farmacológica na prevenção e tratamento de diversas doenças. Contudo, de acordo com a contração muscular o TF pode ser dividido em TF dinâmico (TFD) e o TF isométrico (TFI). No entanto, não é conhecido a comparação entre o TFD com o TFI sobre os ajustes neuromusculares a longo prazo. Portanto, entender essas adaptações são importantes para a compreensão do impacto nos diversos esportes e na promoção de saúde. Objetivo: Comparar as diferentes adaptações provocadas após 12 semanas pelos TFD e TFI em ratos Wistar saudáveis. Materiais e Métodos: Foram selecionados 15 ratos Wistar com 12 semanas de idade e foram randomizados em 3 grupos: grupo controle (CTL; n= 5), TFD (n= 5) e TFI (n= 5). Todos os animais foram adaptados por duas semanas na escada vertical. Posteriormente os animais foram submetidos a testes de força dinâmica (FD) (teste realizado a cada 15 dias para quantificação da FD em todos os animais, e para ajuste de carga de treino do grupo TFD e TFI) e resistência isométrica máxima (RIM) (pré e pós-treinamento para quantificação da RIM em todos os animais). Os ratos do grupo TFD realizaram o treinamento 5 vezes por semana, com duração de ~ 22 min por sessão, composto por 1 conjunto de 8 séries de escaladas ininterruptas durante 1 min, com uma sobrecarga de 30% da FD. Os animais do grupo TFI realizaram o treinamento com as mesmas características do TFD, assim como, a sobrecarga utilizada. Exceto que os animais desse grupo permaneceram em isometria por 1 minuto. Os ratos do grupo CTL não realizaram nenhum treinamento. Após o período de treinamento os animais foram eutanasiados e os músculos tibiais anteriores e quadríceps foram coletados e pesados. Os dados estão demonstrados como média ± desvio padrão. Para comparar as diferentes adaptações neuromusculares promovidas pelos TFD e TFI foi usada ANOVA de desenho misto com o pós-teste de Bonferroni (Graphpad Software, Inc., CA, USA). O nível de significância foi estabelecido como p < 0,05. Resultados: As adaptações neuromusculares após 12 semanas estão demonstradas na tabela 1. Dados apresentados como média ± DP. CTL = grupo controle; TFD = grupo treinamento de força dinâmico; TFI = grupo treinamento de força isométrico; PC = peso corporal; FD = força dinâmica; RIM = resistência isométrica máxima; PTA = peso tibial anterior; PQ = peso quadríceps. a p < 0,05 vs. Pré; b p < 0,05 vs. CTL; c p < 0,05 vs. TFD.
Conclusão: Concluímos que o TFD gerou um maior aumento na força dinâmica e promoveu o mesmo ganho na RIM comparado ao TFI. Desse modo, o uso do TFD parece ser mais indicado que o TFI para promover benefícios neuromusculares de força e resistência, podendo ser utilizado para a promoção de saúde. Ademais, atualmente a força dinâmica é considerada como um forte fator preditor do status de saúde de um indivíduo saudável e enfermo.