Resumo

O HIV/AIDS é considerado um dos grandes casos de saúde pública, porém verifica-se que pacientes que fazem uso de terapia antirretroviral (TARV) e praticam treinamento de força provocam uma promoção de sua saúde.

Objetivos:

Avaliar o impacto do treinamento de força sobre a resistência nas citocinas e a composição corporal de pessoas vivendo com HIV/AIDS.

Métodos:

Ensaio clínico randomizado, a amostra foi composta por 12 pacientes, sendo sete do Grupo Força (TFG) e cinco do Grupo Resistência Muscular (GRM). Comparou-se os níveis das citocinas IL-2, IL-4, IL-6, IL-10 e TNF-α e a composição corporal na primeira e na última sessão. Os pacientes completaram 36 sessões de treinamento de força e resistência ao longo de 12 semanas.

Resultados:

Após 36 sessões de treinamento resistido GRM, houve um aumento significativo de 4.734 pg/mL para 5.050 pg/mL de IL-10 (p=0,002). Em relação à TFG, não foram encontrados resultados significativos. Para composição corporal, houve diferenças significativas na TFG devido ao aumento da massa magra dos braços de 6.441g para 7.014g (p=0,04), pernas de 16.379g para 17.281g (p=0,02) e corpo inteiro de 45.640g para 47.343g (p=0,01). No GRM houve diminuição significativa do percentual de gordura nos braços de 23.160% para 20.750% (p = 0,04). Para avaliação da qualidade de vida foi utilizado o questionário WHOQOL-HIV-Bref, onde foi encontrada uma melhora significativa em todos os domínios, exceto no domínio nível de independência.

Conclusão:

Conclui-se que o treinamento de resistência muscular é eficaz em aumentar a IL-10 e diminuir o percentual de gordura nos braços, enquanto o treinamento de força aumenta a massa magra geral. Nível de Evidência I; Ensaio Clínico Randomizado.

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