Treinamento de Força Melhora Fadiga, Tolerância Ao Exercício, a Cf e o Perfil Inflamatório em Mulheres Sobreviventes do Câncer de Mama
Por Fábio Lera Orsatti (Autor), Eddie Fernando Cândido Murta (Autor), Rosekeila Simões Nomelini (Autor), Márcia Antoniazi Michelin (Autor), Camila Miranda (Autor), Jairo de Freitas Rodrigues de Sousa (Autor), Gersiel Nascimento de Oliveira Júnior (Autor), Lais Esméria Bitencourt (Autor), Samarita Beraldo Santagnello (Autor), Fernanda Maria Martins (Autor).
Em 42º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O efeito adverso de tratamento mais frequentemente reportado em mulheres sobreviventes do câncer de mama (MSCM) é a fadiga. Prejudicialmente, a fadiga está associada aos baixos níveis de tolerância ao exercício (TE) e de capacidade funcional (CF) em MSCM Etiologicamente, aumentos nos marcadores inflamatórios estão associados à fadiga. Por outro lado, o TF melhora a fadiga, a TE, o perfil inflamatório e a CF em adultos saudáveis. Objetivo: Foi verificar se TF promove melhorias na fadiga, na TE, no perfil inflamatório e na CF em MSCM. Além disso. verificar se as alterações no perfil inflamatório com o TF explicam as mudanças na fadiga e na TE e se as mudanças na fadiga e na TE com o TF explicam as mudanças na CF em MSCM. Materiais e Métodos: 22 MSCM foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos: Controle (GC: n=11, 57,718,8 anos, IMC= 26,2 6,4 kg/m) e Treinado (GT, n=11, 52,1±10,1 anos, IMC 26,2 ± 3,3kg/m). O GT realizou o TF (3 séries, 8-12 repetições; -80% de 1RM; 3 vezes/semana) por 12 semanas. O GC realizou alongamento. A fadiga foi avaliada por questionário. Indicadores de TE, o W prime (W) e o torque crítico (TC), foram calculados de um teste de 60 CIVM (3 seg. de contração e 2 seg. de pausa). OTC foi determinado como a média das seis últimas CIVM e o W como a área sob a curva acima do TC. Os níveis séricos de IL-1B e TGF-B foram quantificados por ELISA. A CF foi avaliada por teste de caminhada de seis minutos (TC6) e teste de sentar e levantar da cadeira em 30 seg. (TSLC-30s). Utilizou-se ANCOVA (corrigindo o delta pelo valor pré), tamanho de efeito (n). poder observado, coeficiente de correlação com observações repetidas e P<0,05. Aplicou-se log10 para violação da distribuição normal. Resultados: Após a intervenção, o GT aumentou o W. TC, TC6 e TSLC-30s e reduziu a fadiga e os níveis séricos de IL-1B e TGF-B quando comparado ao GC. A redução da fadiga foi associada com o aumento do TSLC-30s (r=-0,44, P-0,035) e TC6 (r=-0.54, P=0,007). O aumento de W' e TC foram associados ao aumento do TSLC-30s (r=0,65, P=0,001 e r=0,45. P=0,031, respectivamente) e do TC6 (r=0.45, P=0,032 e r=0.59, P=0,003. respectivamente). As alterações na IL-1B e no TGF-B não se associaram às alterações na fadiga, W e TC. Conclusões: O TF melhora a fadiga, a TE, a CF e o perfil inflamatório em MSCM. Enquanto as alterações na fadiga e na TE explicam as mudanças da CF, a alterações nos marcadores inflamatórios não explicam as alterações na fadiga e na TE.