Resumo

A paralisia cerebral diplégica espástica (PCDE) é caracterizada por espasticidade, afetando mais os membros inferiores comparado aos membros superiores, presença de rigidez muscular e diminuição da amplitude de movimento. Dessa forma, é de suma importância que intervenções não farmacológicas como o treinamento de força supervisionado, seja proposta para ganhos físicos e de saúde. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de seis meses de um programa de treinamento de força supervisionado nas capacidades físicas e mobilidade de um homem com diagnóstico de PCDE. MÉTODOS: O caso clínico é de um homem de 24 anos, com paralisia cerebral secundária a encefalopatia hipóxico isquêmica difusa (Diagnóstico médico do neurologista), mais conhecida como diplegia espástica. Como métodos de intervenção utilizou-se de um programa de treinamento de força, com frequência de três vezes na semana, durante um período de seis meses, totalizando 72 sessões. Realizou-se avaliações das capacidades físicas e mobilidade no baseline e após os seis meses de treinamento. RESULTADOS: O participante tinha como características clínicas no baseline: nenhuma dor crônica, não era tabagista, não etilista, e não apresentou nenhuma doença cardiovascular e crônica. Após a intervenção obteve-se melhoras na flexibilidade do lado direito (?: 25,0%), flexibilidade do lado esquerdo (?: 37,0%), Força - Supino (?: 31,6%), Força - Leg Press (?: 23,1%), Mobilidade 5 metros (?: -15,6%), Mobilidade 50 metros (?: -6,7%), e Mobilidade 500 metros (?: -2,1%). CONCLUSÃO: Um programa de treinamento de força supervisionado, durante seis meses, é eficaz na melhora da flexibilidade, força e mobilidade funcional de um homem com PCDE.

Acessar