Treinamento Esportivo Escolar Contribui Para Preservação e Melhora da Aptidão Física Geral em Adolescentes
Por Sérgio Roberto Adriano Prati (Autor), Alessandra Regina Carnelozzi Prati (Autor).
Em 37º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte - SIMPOCE
Resumo
Introdução: Adoção de estilo de vida sedentário em nível escolar tem sido fator de preocupação, pois condições estabelecidas nessa fase de vida poderão contribuir para potenciais distúrbios metabólicos e funcionais. Atividade física programada e treinamento esportivo escolar pode contribuir para minimizar efeitos do estilo de vida não saudável na Objetivo: Verificar diferenças entre indicadores de composição corporal (CC) e desempenho motor (DM) em adolescentes de ensino médio (EM) regularmente ativos (At) e não ativos (ÑAt) Método: 94 alunos do EM (Masculino-M=41; Feminino-F=53) de escola privada de Maringá-PR foram analisados sobre aspectos de CC e DM. Indicadores de CC foram o IMC (NCHS, 2000), perímetro de cintura-PC (FERNANDES et al., 2004) e soma de dobras cutâneas TR+SE (LOHMAN, 1992). O DM foi baseado na bateria de testes de Guedes (1990): sentar e alcançar-SA (cm); puxada na barra modificada-PB (repetições); salto em distância parado-SD (cm); abdominal-AB (repetições em 1min.); corrida de 50m-C50 (m/s); corrida de 12 minutos-C12 (m/min). Grupo de adolescentes participantes regulares de escolinhas esportivas (MT=20; FT=12; duas/três vezes/semana; duração de 60/120min/sessão) foram considerados AT. Estatística descritiva com valores em média, desvio padrão e % de casos não adequados (DM=Percentil P<25; CC P>75 e %G>=MdA-Moderadamente alto) foi utilizado.Teste “t” foi usado na comparação Resultados: Houve diferenças significantes (p<0,05) entre AT e ÑAT nos testes AB (MT=43,4+-9,2; M=31,4+-8,2; FT=40,0+-7,6; F=19,4+-9,9), SD (MT=199,3+-22,7; M=172,5+-31,1; FT=148,3+-21,1;F=125,5+-24,1) e C12 (MT=169,3+-29,3; M=142,5+-38,1; FT=140,3+-24,1; F=115,3+-23,3). No caso do F ainda houve diferença significante na PB (FT=6+-0,5; F=2,8+-0,3) e C50 (FT=5,4+-0,4; F=4,6+-0,6). Não houve diferença na CC entre grupos, contudo percebeu-se que 56% das moças e 42% dos rapazes apresentaram IMC acima do P75, sendo respectivamente 40% e 27% acima de P85. 17% dos rapazes e 8% das moças apresentaram CC>P75 para a idade, e, 37% no M e 60% no F apresentaram %G acima do desejado. Em todos os casos AT apresentavam valores médios inferiores ao de ÑAT nos indicadores de CC. Percebeu-se também que em média AT em ambos os sexos estavam com valores de %G no nível moderadamente alto (MT=23,0+-11,0; FT=30 Conclusão: Treinamento apresentou melhora/manutenção de aptidão física geral em praticantes regulares, contudo o treinamento escolar ainda parece não ser suficiente para o controle do nível de gordura dos adolescentes. Abordagem sobre essa temática como conteúdo de Educação física para EM poderá contribuir para conscientização sobre o problema.