Treinamento Físico Aeróbico em Camundongos Hipercolesterolêmicos: Impacto Sobre o Comprimento ósseo
Por Themis Moura Cardinot (Autor), Ana Iochabel Soares Moretti (Autor), Carolina de Albuquerque Correia (Autor), Priscyanne Barreto Siqueira (Autor), Márcia Kiyomi Koike (Autor), Patricia Chakur Brum (Autor), Heraldo Possolo de Souza (Autor).
Resumo
Dislipidemia tem sido implicada em redução de densidade mineral óssea e maior risco de osteoporose e fraturas, enquanto o exercício físico tem sido relacionado ao efeito oposto. No entanto, não há menção da influência do exercício físico e da dislipidemia sobre o comprimento ósseo. O objetivo desse trabalho foi investigar se um programa de treinamento físico aeróbico altera o crescimento ósseo em camundongos LDLr-/- hipercolesterolêmicos. Com 16 semanas de vida e níveis normais de colesterol, os camundongos foram divididos em grupos que receberam dieta normal ou hiperlipídica por 14 semanas. O treinamento físico foi iniciado concomitante ao início da dieta. O treinamento físico aeróbico moderado foi realizado em esteira rolante, por 60 min, 5 dias/sem, por 14 semanas. O colesterol total foi dosado por métodos enzimáticos. Comprimento de fêmur e tíbia do membro posterior esquerdo foi medido com paquímetro digital. A estatística foi feita com Anova two-way para comparações entre grupos. O treinamento físico nos camundongos que receberam dieta normal diminuiu os níveis plasmáticos de colesterol quando comparado ao grupo sedentário de mesma dieta e não influenciou no comprimento ósseo do fêmur e da tíbia. O consumo de dieta hiperlipídica provocou aumento significativo dos níveis plasmáticos de colesterol nos camundongos sedentários e o treinamento físico inibiu parcialmente esse aumento, mas não influenciou no comprimento ósseo do fêmur e da tíbia. Apenas camundongos sedentários hipercolesterolêmicos apresentaram fêmur maior que os camundongos sedentários de dieta normal. O treinamento físico aeróbico não alterou o comprimento ósseo em camundongos hipercolesterolêmicos