Resumo

O futebol é um esporte dinâmico, e uma de suas principais características é o contato físico dos atletas, fato que relaciona  esse às ocorrências de lesões. Evidências comprovam que a maioria dessas lesões ocorre em ações motoras que não envolvem  contato físico e que grande parte destas é resultante de treinamentos direcionados e específicos a uma determinada  musculatura (ALTIMARI; DIAS; GOULART, 2007). O futebol sofreu diversas mudanças nos últimos anos, principalmente em  relação às exigências físicas, levando os atletas próximos ao máximo de seus limites de exaustão, e predisposição a lesões 
(COHEN et. al, 1997). Sua prática induz adaptações fisiológicas em quase todos os sistemas corporais, particularmente no  músculo esquelético e cardiorespiratório, influenciadas pela intensidade, volume, intervalo de recuperação e freqüência de  treinamento (GOMES; SOUZA, 2008). Um dos maiores desafios encontrados por fisiologistas e preparadores físicos se dá  quanto à dosagem correta de treinos. A elaboração de programas se faz com um bom controle de variáveis. Estímulos  decorrentes de exercícios físicos causam adaptações nas células musculares, denominadas microlesões, contudo uma nova 
repetição de estresse nesse músculo pode levar a uma contusão muscular, afastando temporariamente o atleta de suas  atividades diárias (KNIFS et. al, 2008). Ainda seguindo esse raciocínio, o que se verifica é que na maioria dos casos, os atletas  são submetidos a cargas de exercícios acima dos limites suportáveis. Outro ponto preocupante se dá em função dos  preparadores físicos basearem-se apenas na intuição pessoal, vivências passadas enquanto atletas, e não em conhecimentos  científicos, podendo colocar em risco a saúde do atleta, assim como a desconsideração do Efeito Posterior Duradouro do  Treinamento (VERKHOSHANSKI, 1990 apud BORIN; GOMES; LEITE, 2007). 

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