Resumo

Diversos estudos têm demonstrado os diferentes efeitos do treinamento físico (TF) sobre o sistema de defesa antioxidante. Porém quando associado ao Diabetes Mellitus (DM) esses efeitos carecem de esclarecimentos, sendo assim o presente estudo objetivou investigar as ações de um treinamento físico sobre o sistema antioxidante e outros parâmetros no tecido cerebral e sanguíneo de ratos diabéticos. Para isto foram utilizados ratos machos Wistar divididos em 4 grupos aleatórios: controle sedentário (CS), controle treinado (CT), diabético sedentário (DS) e diabético treinado (DT). O treinamento físico consistiu de uma sessão de natação de 1 hora por dia, durante 5 dias consecutivos por dois dias de descanso, durante 8 semanas, com uma carga equivalente ao limiar anaeróbio de 5,8 % e 4,2 % da massa corporal para o grupo CT e o grupo DT, respectivamente. Avaliou-se as concentrações de glicose no sangue, glicogênio hepático e de substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), a atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) no cérebro e no sangue. Quantificou-se a expressão das isoformas SOD 1 e 2 no cerebelo através da técnica de Western Blotting. O treinamento físico atuou reduzindo a glicemia para o grupo DT e quando associado ao DM não foi capaz de combater a peroxidação lipídica em ambos os tecidos analisados. A atividade da CAT foi aumentada pelo DM e pelo TF no sangue e apenas pelo DM no cérebro. A atividade da SOD (Cu/Zn, Mn e Fe) não teve diferença significativa entre os grupos indicando que suas isoformas e seus respectivos mecanismos de ação atuaram de forma homogênea no tecido cerebral. Entretanto, no cerebelo, o TF elevou a expressão protéica das isoformas da SOD independentemente da ação do DM indicando aumento na ação antioxidante. Podemos concluir que o treinamento físico promoveu efeitos positivos no sistema de defesa antioxidante no tecido...

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