Treinamento Físico Melhora a Disfunção Quimiorreflexa em Ratos Diabéticos Por Estreptozotocina
Por Luciana Parente Costa (Autor), ângela Harthmann (Autor), Paula Arruda (Autor), Kátia de Angelis Lobo D´Avila (Autor), Maria Claudia Costa Irigoyen (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 18, n 3, 2004. Da página 293 a -
Resumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do treinamento físico na pressão arterial, na freqüência cardíaca e na sensibilidade quimiorreflexa em ratos diabéticos por estreptozotocina. Os animais foram divididos em grupos controle (CS, n = 6), diabético sedentário (DS, n = 6) e diabético treinado (DT, n = 6). Uma semana após a indução do diabetes (Estreptozotocina, 50 mg/kg), ratos machos Wistar foram submetidos a um protocolo de treinamento físico em esteira ergométrica por 10 semanas. Os sinais de pressão arterial foram gravados e processados em um sistema de aquisição de dados (CODAS,1KHz). Cianeto de potássio (KCN,100 ug/kg) foi utilizado para avaliar a resposta bradicárdica desencadeada pela estimulação dos quimiorreceptores. A bradicardia e a hipotensão do diabetes (DS:274 ± 6 bpm e 94 ± 2 mmHg vs CS:332 ± 5 bpm e 108 ± 2 mmHg) foram atenuadas pelo treinamento físico (DT:299 ± 5 bpm e 107 ± 2 mmHg). A resposta bradicárdica foi menor nos ratos DS (33 ± 5 bpm) quando comparado aos ratos CS (182 ± 3 bpm) e DT (89 ± 10 bpm). Concluindo, o treinamento físico reverteu a hipotensão e a bradicardia e melhorou a sensibilidade quimioreflexa em ratos STZ. Considerando que diabéticos com reflexos cardiovasculares anormais apresentam maior mortalidade que diabéticos com função reflexa autonômica normal, os resultados obtidos sugerem que o treinamento físico pode contribuir para a redução do risco cardiovascular nesta população devendo ser considerado no manejo do paciente diabético. UNITERMOS: Treinamento físico; Diabetes; Quimiorreflexo; Pressão arterial; Freqüência cardíaca.