Treinamento Físico Militar, Força Muscular e Composição Corporal de Militares Brasileiros
Por Samir Ezequiel da Rosa (Autor), Eduardo Camillo Martinez (Autor), Runer Augusto Marson (Autor), Marcos de Sá Rego Fortes (Autor), José Fernandes Filho (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 2, 2018. 3 Páginas. Da página 153 a 156
Resumo
Introdução: Desde 1965, o Exército Brasileiro (EB) participa das missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) enviando grandes contingentes para diversos lugares do mundo, como Angola, Moçambique, Timor Leste e Haiti. Para isso, os militares precisam estar em condições físicas mínimas para enfrentar quaisquer obstáculos no decorrer das ações no teatro de operações. Objetivo: Verificar os efeitos do Treinamento Físico Militar (TFM) sobre a força muscular dos membros superiores, as variáveis antropométricas e a composição corporal de militares brasileiros integrantes do 24º contingente de missão de paz da ONU no Haiti. Métodos: A amostra foi constituída de 192 militares do sexo masculino com média de idade de 23,2 ± 3,6 anos. Eles cumpriram regime de internato, tendo atividades e refeições com horários definidos, sendo liberados nos finais de semana. O TFM foi aplicado quatro vezes por semana, com 90 minutos de duração por 14 semanas e envolveu exercícios aeróbicos e resistidos. No período pré e pós-TFM foram medidas massa corporal (MC), altura, circunferência da cintura (CC) e do abdome (CA) para calcular o índice de massa corporal (IMC) e o percentual de gordura (%G) com o protocolo de Salem. Além disso, foram realizados testes de corrida de 12 minutos, flexão de braço, abdominal supra e flexão na barra para calcular o índice de Rogers (IR). Resultados: Ao comparar os resultados pré e pós-TFM verificou-se diferença significativa em todas variáveis antropométricas e composição corporal (MC, IMC e %G) e também no IR para força muscular dos membros superiores. Conclusão: O TFM em 14 semanas aponta melhora nas variáveis antropométricas e de composição corporal, bem como aumento da força muscular dos membros superiores em militares brasileiros integrantes dos contingentes de missões de paz da ONU no Haiti. Este estudo concluiu que o IR pode ser uma ferramenta eficaz para avaliação de força muscular de militares. Nível de Evidência II; Estudos terapêuticos - Investigação dos resultados do tratamento