Treinamento Funcional na Doença de Parkinson- Estudo de Caso
Por Thamara de Assis Lopes (Autor), Flávio Pulzatto (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A doença de Parkinson se caracteriza por ser uma enfermidade crônica, progressiva, neurodegenerativa e que afeta principalmente indivíduos de meia idade, tem início insidioso e assimétrico evoluindo posteriormente para comprometimento bilateral. A qualidade de vida é prejudicada por sinais e sintomas como: bradicinesia, tremor, rigidez, instabilidade postural, distúrbios da marcha, fadiga, dor e depressão. Assim, justifica-se a aplicação de treinamentos funcionais objetivando combater tais prejuízos na qualidade de vida de seus portadores. Objetivo: Avaliar por meio de ferramentas específicas, os efeitos de um programa de treinamento físico funcional na qualidade de vida de um portador da doença de Parkinson. Metodologia: Participou deste estudo um indivíduo do sexo masculino, 66 anos de idade, diagnosticado com Parkinson há 4 anos. O programa de treinamento funcional teve duração de 28 sessões, divididas em 3 ciclos. Foram aplicados exercícios de agilidade, puxar, empurrar e fortalecimento da cadeia posterior, anterior e lateral, para isso foram utilizados peso corporal, faixas elásticas de diferentes intensidades, pesos livres, escada de agilidade, fita de suspensão e medicine ball. Para avaliação pré e pós treinamento, utilizou-se os questionários: Sênior Fitness Test – SFT ( avaliação da capacidade funcional), Teste de Tinetti (marcha e equilíbrio), e PDQ 39 (qualidade de vida). Resultados e Discussão: Os questionários de Tinetti e PDQ 39, mostraram melhora na capacidade de realização das tarefas diárias, bem como o teste de capacidade funcional que evidenciou melhora na força e agilidade na realização das tarefas cotidianas. Conclusão: Verificou-se que o treinamento funcional aplicado resultou em melhoras no desempenho funcional, independência na capacidade física e na qualidade de vida do indivíduo portador da doença de Parkinson, treinamento este, realizado de maneira individualizada e progressiva, com objetivos bem definidos. Porém, novos estudos são necessários para incrementar e sedimentar os conhecimentos em um grupo maior de portadores da doença de Parkinson.