Resumo

A prática regular de programas de exercícios físicos de diferentes naturezas tem sido amplamente recomendada para a população idosa, em virtude dos inúmeros benefícios morfológicos, fisiológicos, metabólicos, neuromusculares e comportamentais produzidos, particularmente, por essa estratégia, nesta etapa da vida. Tais benefícios melhoram a capacidade funcional e cognitiva, favorecendo a melhoria da qualidade de vida e aumentando a longevidade com independência funcional. Nesse sentido, o treinamento funcional (TF) tem ganho destaque e atraído um grande número de adeptos com a premissa básica de proporcionar melhoria do sistema psicobiológico humano, a partir da aplicação de exercícios integrados, multiarticulares e multiplanares direcionados para o aprimoramento da habilidade de movimento, melhoria da força e resistência muscular da região central do corpo (core), e aumento da eficiência neuromuscular para as diferentes tarefas da vida diária. Entretanto, a eficácia do TF para a atenuação dos efeitos deletérios do processo de envelhecimento ainda não está bem estabelecida na literatura. Portanto, o objetivo da presente revisão é analisar as informações disponíveis na literatura, até o presente momento, sobre os possíveis efeitos do TF sobre a composição corporal, aptidão física relacionada a saúde e cognição de idosos, bem como apresentar um protocolo de TF que possa ser aplicado com segurança nesta população. A busca de informações foi realizada, por dois pesquisadores independentes, nas bases eletrônicas MEDLINE, BioMed Central, SciELO, Scholar Google e SportDiscus. Os trabalhos selecionados foram publicados durante o período de 2005 a 2015. As temáticas escolhidas foram adaptações funcionais ao TF e estruturação de programas, respeitando-se critérios de segurança, eficácia e funcionalidade. Os resultados encontrados sugerem que o TF pode ser uma estratégia eficaz e segura para provocar respostas adaptativas relacionadas à funcionalidade do idoso.

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