Treinamento Resistido Para Mulheres Idosas
Por Fabiano Oliveira (Autor), Joyce Barradas Camacho (Autor), Marcelo de Almeida Buriti (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Objetivou-se analisar a participação de idosas em treinamento de exercícios resistidos.
Participaram da pesquisa 12 idosas com idade entre 60 e 79 anos com média de
idade de 66,58 anos e desvio padrão ± 5,07. Foi realizado um treinamento de força,
com duração de uma hora, duas vezes por semana, durante 20 semanas executando
os exercícios: Tríceps no Pulley, Remada Média, Mesa Flexora e Abdutor na Máquina.
A carga variou de 5 a 20 kg, sendo executadas 3 séries de 8 repetições por exercício.
A carga inicial foi medida em teste sub-máximo realizado no primeiro dia de
treinamento. O aumento da carga para execução dos exercícios ocorreu aplicandose a Escala de Percepção Subjetiva do Esforço de Borg todas as vezes em que a
voluntária, observando tal escala, percebia o esforço abaixo do pontuação 13 - Um
pouco pesado. Durante o período de treinamento realizamos 3 intervenções
denominadas testes: antes de iniciarmos o treinamento (Pré-teste), durante o período
de treinamento (Pós-teste 1) e no último dia do treinamento (Pós-teste 2). Para
análise dos dados foi aplicado o Coeficiente de Correlação de Spearman e o teste T
de Wilcoxon, visando comparar e correlacionar os exercícios e os aumentos de
cargas durante as 20 semanas. Os principais resultados mostraram que no exercício
Tríceps no Pulley o Pré-teste versus Pós-teste 2, To=0 e Tc =6 indicaram diferença
estatisticamente significante em todas as análises, afirmando aumento gradual na
força das participantes. No Coeficiente de Correlação (rc=0,53.; n.sig.=0,05; e N=12)
verificou-se para o Pré-teste versus Pós-teste 2 o ro=0,43, assim, não houve correlação
significante, sendo possível que este resultado confirme o aumento de força inicial e
final das participantes. Quanto à Remada Média no Pré-teste versus Pós-teste 2,
To=0 e Tc =8 e N=10, indicaram diferenças estatisticamente significantes em todas
as análises, ou seja, houve aumento de força/carga. Na Mesa Flexora os coeficientes
ro=0,79, ro=0,91 e ro=0,84 (rc=0,53.; n.sig.=0,05; e N=12) indicaram correlação
significante em todos os Pré e Pós-testes. No exercício Abdutor na Máquina verificouse o ro=0,46 e ro=0,52, respectivamente, para o Pré-teste versus Pós-teste 1 e Pósteste 1 versus Pós-teste 2, o que esclarece que não existe correlação significante
(rc=0,53). Assim, pudemos concluir que ocorreu ganho de força relacionado ao
aumento da carga em todos os exercícios propostos, no decorrer de 20 semanas de
treinamento, em quase todas as participantes