Treinamento Resistido Reduz Riscos Cardiovasculares em Idosas
Por Luís ângelo Macêdo Santiago (Autor), Lídio Gonçalves Lima Neto (Autor), Paulo Vitor Albuquerque Santana (Autor), Pauliana Conceição Mendes (Autor), Washington Kleber Rodrigues Lima (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 4, 2015. Da página 261 a 266
Resumo
Introdução: O envelhecimento humano aliado ao estilo de vida sedentário é marcado por alterações metabólicas com modificação na composição corporal, que repercutem diretamente na proteína C-reativa (PCR), sendo este um importante marcador de risco de doenças cardiovasculares (DCV ). O treinamento resistido (TR) é um método muito utilizado na prevenção de doenças associadas ao envelhecimento. Objetivo: Avaliar os efeitos de oito semanas de TR sobre a composição corporal, força muscular e PCR em um grupo de idosas. Método: Foi realizado um estudo experimental com 10 idosas (63 ± 2 anos de idade). Para o ensaio de PCR, análises bioquímicas de hemograma e lipidograma completos foram coletadas amostras de sangue venoso periférico antes do exercício e 24 horas depois. Para medidas antropométricas calcularam-se índice de massa corporal (IMC), relação cintura/quadril (RCQ) e composição corporal. O TR foi realizado por Série Combinada – Bi-Set. Para a análise estatística, primeiramente foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk (p > 0,05) para testes paramétricos. As variáveis do grupo foram apresentadas como média e desvio padrão. Para variáveis de PCR, antropométricas, composição corporal e perfil lipídico foram realizados o teste t de Student, tanto anterior quanto posteriormente às oito semanas de treinamento. Para as amostras da evolução das cargas e médias do consumo alimentar foi realizado o teste One Way ANOVA e, quando necessário, o teste post hoc de Tukey. O nível de significância adotado foi de p ≤ 0,05. Resultados: Houve redução estatisticamente significativa (p = 0,02) para as concentrações séricas de PCR, o que significa uma redução de 70,96%, além de diminuir a massa gorda e aumentar a massa magra e a carga de treino após oito semanas. Conclusão: Oito semanas de TR reduziram as concentrações séricas de proteína C-reativa, assim como diminuíram a massa gorda e aumentaram o volume muscular, demonstrando ser uma estratégia eficiente para a diminuição dos fatores de riscos de doenças cardiovasculares.