Resumo

O objetivo do estudo foi comparar os efeitos do treino de marcha na esteira ergométrica com o treino de marcha no solo sobre a funcionalidade e o condicionamento físico de crianças com paralisia cerebral. Estudo prospectivo, análitico, pareado, controlado, aleatorizado e com avaliador cego. Trinta e cinco crianças com paralisia cerebral (níveis I-III do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa) foram divididas aleatoriamente em dois grupos de intervenção. Grupo experimental (17 crianças) submetido ao treino de marcha em esteira ergométrica, sem suporte de peso coporal. Grupo controle (18 crianças) submetido ao treino de marcha no solo. Os treinos foram realizados por sete semanas consecutivas, com frequência de duas sessões semanais, seguidas de quatro semanas de acompanhamento. Os grupos apresentaram melhores resultados no teste de caminhada de seis minutos (Grupo experimental: 227,4±49,4 377,2±93,0 m; Grupo controle: 222,6±42,6 268,0±45,0m), no timed up and go (Grupo experimental: 14,3±2,9 7,8±2,2s; Grupo controle: 12,8±2,2 10,5±2,5s), desempenho funcional (Grupo experimental: 128,0±19,9 139,0±18,4; Grupo controle: 220,8±19,0 125,8±12,2), função motora grossa (Grupo experimental: 81,6±8,7 93,0±5,7; Grupo controle: 77,3±7,0 80,8±7,2), equilíbrio funcional (Grupo experimental: 34,9±8,5 46,7±7,6; Grupo controle: 31,9±7,0 35,7±6,8) após o tratamento. Na análise intergrupos o grupo experimental apresentou melhores resultados quando comparado com o grupo controle após o tratamento e na avaliação de acompanhamento (p<0.05). Estes resultados permitem concluir que o treino de marcha realizado na esteira apresenta resultados superiores ao treino de marcha no solo na funcionalidade e no condicionamento físico de crianças com paralisia cerebral níveis I a III do GMFCS. Registro do estudo: RBR-5v3kg9 (Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos ReBEC).

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