Resumo

Esper Cavalheiro suava, fazendo ginástica à noite em uma academia, ao lado de um treinador que não parava de perguntar sobre o funcionamento do cérebro, dos neurônios e das pesquisas que ele coordenava na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Diante da curiosidade sem fim, gentilmente Cavalheiro convidou: "Por que não vem fazer pós-graduação comigo?". Ricardo Arida, o perguntador, começou a pós nesse mesmo ano, 1992. De lá para cá, unindo sua formação em educação física com o que aprendeu no mestrado e no doutorado, ele fez ou acompanhou estudos em animais de laboratório e com seres humanos que agora permitem aos pesquisadores dessa área recomendar a prática de exercícios físicos regulares de média intensidade - como caminhar ou correr - para ajudar a conter a epilepsia, distúrbio neurológico caracterizado por intensas descargas elétricas no cérebro, com o qual quase 4 milhões de pessoas de todas as idades no Brasil, o equivalente a 2% da população, têm de conviver.

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