Resumo

O turismo, tendo suas origens ligadas aos povos da Idade Antiga, passou a ser efetivamente definido nos primórdios do século XX, com abordagens predominantemente economicistas, influenciadas pela escola berlinesa. A preocupação com as demais dimensões - ambiental, social e cultural - passa a consistir papel de destaque somente após os efeitos ocasionados pelo “boom” turístico ocorrido entre as décadas de 1950- 1980 quando se dá a chamada massificação do turismo. Desde então o turismo tem passado por constantes transformações, antes o consideravam apenas pela sua capacidade econômica, a de gerar renda e a sua configuração de atividade “ecologicamente correta”, avaliada como a “indústria sem chaminé”. Autores como Cândido (2003), Machado (2005) e Swarbrooke (2003) destacam que o fenômeno turístico, em muitos casos, é um agressor do ambiente por priorizar somente as questões econômicas. Neste contexto surge a temática da sustentabilidade, com a preocupação não somente com a economia, mas também com as diferentes esferas que estão relacionadas na prática do turismo, principalmente o social, o cultural e o ambiental. Assim, na esfera ambiental, com o intuito de que o ambiente como totalidade esteja disponível para futuras gerações, o desenvolvimento turístico sustentável busca a minimização dos impactos causados pela prática do turismo, pois a visitação gera implicações no ambiente. Surgem também novas motivações por parte dos turistas na contemporaneidade, com interesses por novos lugares, culturas e ambientes, como fuga da rotina e a busca pela sensação de aventura e, conseqüentemente surge a segmentação de mercado, com o desenvolvimento de produtos especializados, bem como novas tendências de turismo preocupadas com os impactos gerados. Ressalta-se então a prática do turismo de aventura, sendo um dos segmentos que estão em evidência nos últimos anos, por se tratar de uma proposta que busca uma fuga radical do cotidiano.

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