Resumo

Apresentamos aqui uma investigação sobre as chamadas modalidades de esportes de aventura e sua vinculação com o campo do turismo, citando localidades mundiais que têm se enquadrado nesse modelo "aventura", explicitando como se dá a convivência na prática de algumas modalidades, evidenciando o uso de tecnologia para minimizar o elemento risco e entendendo a possível ligação (ou não) com a preservação dessas práticas na natureza. Diante desse quadro, o objetivo específico estabelecido foi o de verificar a ligação do turismo de aventura enquanto segmento a serviço do desenvolvimento turístico na região do Grande ABC, em especial as ações deliberadas a partir da implantação do "Plano Patrimônio" na Vila de Paranapiacaba, um sub-distrito da cidade de Santo André - SP. Enquanto procedimento metodológico, foi adotada uma pesquisa qualitativa, agregando um enfoque bibliográfico com um estudo de caso, elegendo como amostragem moradores da Vila, excursionistas/turistas praticantes de esportes radicais na localidade (de ambos os gêneros e de distintas idades), políticos e empresários que de alguma forma se aproximavam desta proposta. Os resultados preliminares demonstraram que o turismo de aventura, estimulado muito recentemente na região, enumera uma série de fatores positivos e negativos como conseqüência de sua implantação. Por um lado, a nova atividade sugere, entre outros, um maior vigor econômico e populacional à Vila consolidando a oferta de serviços turísticos pelaestrutura administrativa da prefeitura da cidade aliada às possibilidades de educação ambiental advindas da prática de esportes na natureza. Por outro lado, se observa notória alteração nas formas tradicionais de convívio da população residente. Essa alteração se manifesta numa certa resistência por parte dos moradores locais aos "de fora", atrelada à inevitável especulação imobiliária do entorno e sobretudo ao impacto físico ocorrido na localidade

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