Turismo no Parque Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves em Belém-pa: Cantando Lendas e Contado a História
Por João Paulo Paiva Costa (Autor), Lucília da Silva Matos (Autor).
Resumo
O Parque Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves é uma referência histórico-cultural para o lazer na cidade de Belém-PA. Fundado em 1883, passou por diversas reformas, a principal aconteceu em 1903, na Gestão de Antônio Lemos, Intendente da época. No período conhecido como Bèlle époque as construções e reformas seguiam o exemplo da ideologia Europeia da época, assim o bosque foi reformado tendo os Parques de Paris como referência objetivando o desfrute e a valorização dos elementos da natureza como ideário do progresso e higiene. Ao longo dos anos novos elementos foram sendo adaptados, como a presença de esculturas que referenciam as lendas amazônicas, entre outras edificações culturais. O processo de mediação para apresentação dos espaços culturais nas cidades aos turistas, muitas vezes se dá numa perspectiva meramente informativa sem estimular o protagonismo dos participantes, nesta perspectiva o objetivo da vivência turística desenvolvida nesse espaço foi o de levar os visitantes a conhecer/viver a história desse espaço cultural a partir de experiências lúdicas tendo como suporte às linguagens artísticas da cultura popular amazônica. A metodologia utilizada foi o da pesquisa-ação, entendida como prática sistemática e empiricamente fundamentada de aprimorar a prática (TRIPP, 2005), de modo que desenvolvemos o planejamento, a execução e a avaliação, tendo como referência a perspectiva teórica da Animação Cultural (MELLO, 2006 e MELLO e ALVES JR, 2012). A mediação da vivência foi desenvolvida na visitação lúdica com diálogo interativo na apresentação inicial do grupo (roda de conversa), jogos, contação de história, cantigas e danças. Buscamos desenvolver coletivamente as vivências, deixando espaço para adaptação dos jogos, relatos ou saberes individuais, ampliando a experiência da prática do lazer no campo subjetivo, em condições que propiciaram o usufruto igualitário na busca do fazer e estimulando a geração de novos temas condutores para os próximos encontros.