Resumo

Com o aumento da esperança de vida, a melhoria da qualidade de vida dos anos conquistados passou a ser um dos maiores desafios da saúde pública. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de idosos do sudeste brasileiro segundo fatores demográficos e sócio-econômicos. O estudo transversal, de base populacional, incluiu 1.958 indivíduos com 60 anos ou mais. A QVRS foi avaliada com o instrumento SF-36. As menores médias de escores foram observadas nos domínios de vitalidade, saúde mental e estado geral de saúde, e as mais altas em aspectos emocionais, sociais e físicos. Apresentaram pior QVRS os idosos do sexo feminino, de idade mais avançada, com menor nível de renda, menor escolaridade e de religião evangélica. As maiores diferenças de escores entre os subgrupos sócio-demográficos foram observadas nos domínios de capacidade funcional e aspectos físicos. Os resultados apontam a necessidade dos programas de saúde levarem em conta a multidimensionalidade da saúde e as significativas desigualdades sociais presentes, de forma a priorizar os componentes mais comprometidos da QVRS e os subgrupos populacionais mais vulneráveis.

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