Uma Análise Comparada da Relação Entre a Constituição do Esporte e os Poderes Públicos: Rio de Janeiro e Bahia
Por Coriolano Pereira da Rocha Junior (Autor), Carlos F F da Cunha Junior (Autor), Luis Carlos Lira (Autor).
Em XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Este estudo analisou comparativamente a construção de projetos de modernidade e a conformação do campo esportivo no Rio de Janeiro e na Bahia e as relações entre os poderes políticos e o esporte. Para investigar Salvador, usamos como fontes jornais de circulação diária e revistas. Para o Rio de Janeiro, trabalhamos com estudos já prontos. Foi entre fins do século XIX e início do século XX, que o esporte viveu sua fase de implantação e busca de consolidação, como uma experiência corporal que representava ideais da modernidade. Foi nesse período que se constituíram as primeiras iniciativas de ligação entre os esportes e a classe política. O estabelecimento da existência ou não de uma relação entre a política e o esporte se via no envolvimento direto dos políticos com as atividades, ou numa convivência mediada pelas entidades dirigentes. Entender o papel da participação política, na constituição do esporte, pode ajudar a análise do desenvolvimento esportivo. Concluímos que os esportes na Bahia não alcançaram o mesmo desenvolvimento que no Rio de Janeiro, devido à falta de apoio, seja com financiamento direto, ou com reformas que facilitassem as práticas. Ao contrário do Rio de Janeiro, as principais obras urbanas baianas não aconteceram em locais próximos aos espaços esportivos e com o tempo, a elite soteropolitana, diferente da carioca, se deslocou para longe dos locais usados como praças esportivas.