Resumo

Neste artigo, pretendemos pensar o processo de produção industrial de imagens como parte de um programa de educação visual, cujas origens históricas antecedem o atual desenvolvimento industrial. Nossa hipótese é de que a valorização irrefletida da produção e do con-sumo de imagens através de aparelhos tecnológicos reproduz e intensifica a desvalorização dos sentidos na produção de conhecimento e re-valoriza o pensamento “cartesiano”, educando o olho a ver o homem e o mundo conforme as possibilidades e os limites destas formas de representação da realidade. A ausência de uma atitude crítica em relação aos processos de produção destas imagens e o desconhecimento de suas origens his-tóricas fazem com que a escola incorpore, de forma conservadora, o programa de educação visual acima referido e eduque, de forma alienada, o olho a ver a realidade.