Uma História da Educação sem Jules Ferry

Ao levar em consideração a escassez de artigos sobre a educação na França antes da Terceira República, este artigo faz uma avaliação da evolução das pesquisas realizadas a partir da década de 1970 e questiona as razões que fizeram desaparecer as questões educacionais das revistas de história generalistas, em favor de uma "vulgata" propalada pelos especialistas em História da Educação que faz convergir as abordagens em torno da figura emblemática de Jules Ferry, fundamento de uma escola francesa hoje em crise. Quatro estudos de historiadores sobre o Antigo Regime, dois sobre a educação das elites (os cadernos escolares do século XVI de autoria de C. Bénévent e X. Bisaro, e o nascimento dos concursos na Europa antes da Revolução Francesa, escrito por D. Julia) e dois outros sobre a educação nas vilas (sobre o mestre-cantor, de X. Bisaro, e sobre a escola rural antes e durante a Revolução Francesa, escrito por C. Simien) renovam as problemáticas sobre a história das aprendizagens escolarizadas, sobre a hierarquia dos saberes e sobre as relações entre formação e profissões.

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