Resumo

As estâncias hidrominerais no Brasil se fizeram importante reduto de uma nova educação do corpo no início do século XX. Indicadas por um discurso médico que prescrevia uma fuga em direção à natureza, os novos divertimentos procurados pelos viajantes foram expressão de uma natureza domesticada pela mão humana e contraponto à vida na cidade. Entre curas, regenerações e divertimentos, este artigo propõe uma viagem em meio à natureza nas estâncias hidrominerais paulistas de Serra Negra e Águas de Lindoia, nas décadas de 1930 e 1940, período de seu esplendor, e tem como objetivo compreender de que forma essas estâncias, com suas indicações, prescrições e possibilidades, operavam uma determinada e específica educação do corpo dos visitantes. As fontes constituídas compreendem guias de viagens, revistas médicas e anais de congressos que tratam das águas termais.

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