Uso das Correntes Russa e Aussie na Tetanização Isométrica do Quadríceps Femoral
Por Eduardo José Nepomuceno Montenegro (Autor), Karina Vilela dos Santos (Autor), Geisa Guimarães de Alencar (Autor), Juliana Netto Maia (Autor), Maria do Amparo Andrade (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 25, n 2, 2019.
Resumo
Objetivos:
Analisar qualitativa e quantitativamente a interação das correntes Russa e Aussie na contração isométrica do músculo quadríceps femoral, nos no âmbito sensitivo, motor e de desconforto em mulheres jovens saudáveis.
Métodos:
As voluntárias foram analisadas em um único momento. Sorteou-se qual membro inferior receberia cada corrente e os eletrodos foram posicionados simultaneamente nos dois membros inferiores, respeitando-se 10 minutos entre a estimulação de cada um. Foram avaliados os limiares sensitivo, motor e de desconforto em termos quantitativos (densidade de corrente em mA/cm²) e qualitativos (EVA).
Resultados:
Participaram 19 voluntárias, na faixa etária de 22,31 (1,29) e IMC de 21,79 (1,78). A corrente Aussie alcançou o limiar sensitivo com menor densidade de corrente de forma significativa com relação à Russa para o mesmo limiar. Os resultados foram significativos no grupo geral (tratamento) para as duas correntes estudadas quanto à densidade de corrente necessária para atingir os três limiares. Já nos blocos (individualmente), houve significância apenas para o limiar sensitivo (p=0,0126). A análise da percepção de desconforto, avaliada através da EVA, foi significativa nos três momentos para ambas as correntes, mas na comparação entre elas não houve diferença significativa.
Conclusão:
As correntes Russa e Aussie são adequadas quanto à densidade de corrente necessária para atingir cada limiar estudado e apresentam diferenças entre si durante a interação com o sistema biológico, necessitando a Aussie de menos energia. No entanto, em termos de percepção de desconforto não há diferenças significativas entre as duas correntes. Nível de evidência III; Estudos terapêuticos–Investigação dos resultados do tratamento.