Resumo

Introdução: A impedância bioelétrica tem sido utilizada amplamente para a avaliação da composição corporal, por sua portabilidade, baixo custo, fácil operacionalização e validade. Entretanto, os modelos clássicos de avaliação consideram, como princípio biofísico, o corpo humano como um cilindro perfeito. Atualmente, autores propõe o modelo de cinco cilindros para corrigir as lacunas do princípio clássico. Desta forma, os membros superiores e inferiores, e o tronco formam os cilindros para que o princípio biofísico da impedância bioelétrica seja aplicado mais precisamente. Objetivo: Comparar as alterações em função de programa de treinamento resistido entre os valores de resistência e reatância clássicos e corrigidos por segmentos corporais em idosos. Metodologia: Vinte idosos de ambos os sexos (idade média = 73,3±9,4 anos; mulheres = 55%) foram submetidos a avaliação de impedância bioelétrica para análise da resistência (R), reatância (Xc) e ângulo de fase (PhA) em momentos inicial e final de programa de treinamento resistido. Medidas de peso, estatura e circunferências de braço relaxado, cintura e panturrilha foram realizadas segundo recomendações. Os idosos foram inseridos em grupos de treinamento periodizado e não periodizado, durante 16 semanas, com duas sessões semanais, em oito exercícios resistidos. Comparação dos valores intra e intergrupo foram realizados a partir de teste t de Student pareado e não-pareado, respectivamente. Anova 2x2 foi realizada para analisar as diferenças entre grupos e momentos. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Não houveram diferenças significantes entre os grupos de treinamento (p>0,05), ao longo do treinamento. Quando comparado os valores clássicos (R, Xc e PhA) com os corrigidos pelos segmentos corporais (R específica, X todas as variáveis. Finalmente, na comparação dos níveis de significância obtidos nas análises realizadas entre os momentos inicial e final, foi verificado para a R específica diferença estatística (p=0,012) enquanto que para a R clássica, a significância foi superior a 5% (p=0,224). Para as demais comparações (Xc e PhA) não houveram diferenças entre as significâncias. Conclusão: Na avaliação da composição corporal por impedância bioelétrica, atenção deve ser dada na utilização do modelo de corpo total ou corrigido por segmentos, uma vez que os valores de R, Xc e PhA podem ser diferentes bem como os resultados das análises estatísticas em estudos longitudinais.

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