Uso de Valores Específicos de Impedância Bioelétrica Para Avaliação da Composição Corporal: Diferenças com os Valores Clássicos
Por Karla Minacca Osco (Autor), Bruna Spolador de Alencar Silva (Autor), Giovana Navarro Bertolini (Autor), Caroline Galan de Souza Pereira (Autor), Vanessa Ribeiro dos Santos (Autor), Luís Alberto Gobbo (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A impedância bioelétrica tem sido utilizada amplamente para a avaliação da composição corporal, por sua portabilidade, baixo custo, fácil operacionalização e validade. Entretanto, os modelos clássicos de avaliação consideram, como princípio biofísico, o corpo humano como um cilindro perfeito. Atualmente, autores propõe o modelo de cinco cilindros para corrigir as lacunas do princípio clássico. Desta forma, os membros superiores e inferiores, e o tronco formam os cilindros para que o princípio biofísico da impedância bioelétrica seja aplicado mais precisamente. Objetivo: Comparar as alterações em função de programa de treinamento resistido entre os valores de resistência e reatância clássicos e corrigidos por segmentos corporais em idosos. Metodologia: Vinte idosos de ambos os sexos (idade média = 73,3±9,4 anos; mulheres = 55%) foram submetidos a avaliação de impedância bioelétrica para análise da resistência (R), reatância (Xc) e ângulo de fase (PhA) em momentos inicial e final de programa de treinamento resistido. Medidas de peso, estatura e circunferências de braço relaxado, cintura e panturrilha foram realizadas segundo recomendações. Os idosos foram inseridos em grupos de treinamento periodizado e não periodizado, durante 16 semanas, com duas sessões semanais, em oito exercícios resistidos. Comparação dos valores intra e intergrupo foram realizados a partir de teste t de Student pareado e não-pareado, respectivamente. Anova 2x2 foi realizada para analisar as diferenças entre grupos e momentos. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Não houveram diferenças significantes entre os grupos de treinamento (p>0,05), ao longo do treinamento. Quando comparado os valores clássicos (R, Xc e PhA) com os corrigidos pelos segmentos corporais (R específica, X todas as variáveis. Finalmente, na comparação dos níveis de significância obtidos nas análises realizadas entre os momentos inicial e final, foi verificado para a R específica diferença estatística (p=0,012) enquanto que para a R clássica, a significância foi superior a 5% (p=0,224). Para as demais comparações (Xc e PhA) não houveram diferenças entre as significâncias. Conclusão: Na avaliação da composição corporal por impedância bioelétrica, atenção deve ser dada na utilização do modelo de corpo total ou corrigido por segmentos, uma vez que os valores de R, Xc e PhA podem ser diferentes bem como os resultados das análises estatísticas em estudos longitudinais.