Resumo
Dois estudos foram realizados para investigar o efeito de esteira motorizada nas passadas de bebês com desenvolvimento típico e de risco de atraso desenvolvimental e no desenvolvimento motor global de bebês de risco de atraso desenvolvimental. O primeiro estudo teve como objetivo examinar o efeito da velocidade da esteira em passadas desencadeadas em bebês com desenvolvimento típico. Seis bebês, com idade entre 11 e 13 meses e iniciando o andar independente, foram filmados andando na esteira, nas velocidades de 0,1, 0,16, 0,22 e 0,28 m/s, com marcas passivas afixadas no centro articular do ombro, quadril, joelho e tornozelo e no 5o metatarso. As imagens foram digitalizadas com o software Ariel Performance Analysis System, obtendo variáveis espaço-temporais e angulares das passadas dos bebês. Nas velocidades de 0,22 e 0,28 m/s, foi observado aumento da velocidade e duração da passada, além de uma menor duração da fase de suporte na velocidade de 0,22 m/s. Ainda, nas velocidades de 0,22 e 0,28 da esteira, observou-se aumento da amplitude articular de quadril e joelho. Estes resultados sugerem que as velocidades de 0,22 e 0,28 m/s são as mais indicadas para desencadear passadas em bebês que estão iniciando o andar independente.