Resumo

Objetivos: Estudar a associação do uso de Esteróides Anabolizantes (EA) ao
Treinamento Físico (TF) de natação na distribuição do Fluxo Sanguíneo (FS).
Métodos: Ratos Wistar (200-250g) divididos em 4 grupos: sedentário (S),
sedentário+anabolizante (SA), treinado (T) e treinado+anabolizante (TA). Os grupos
SA e TA foram tratados com Decanoato de Nandrolona (5mg/kg; 2X/sem; sc). O
TF constou de 60 min/dia, 5X/sem/10 sem, com 5% de sobrecarga. Foi realizada
medida direta da freqüência cardíaca (FC/bpm). HVE foi determinada pela razão
do peso da câmara/peso corporal (mg/g) e a testosterona plasmática (TP) por
Radioimunoensaio (ng/dL). Para distribuição do FS utilizou-se metodologia das
microesferas coloridas, sendo dividido em 2 etapas: pré e pós injeção de acetilcolina
(Ach) (30 ug/kg), determinados pelo nº de esferas no tecido/peso do tecido (g) e o
Débito Cardíaco (DC) dado em ml/kg/min. A quantificação da razão capilar/fibra
(rC/F) no músculo sóleo foi feita no Sistema Quantimet. Resultados expressos em
média+/-erro padrão (p<0.05; n=6/grupo). Resultados:A TP aumenta nos grupos
tratados. Ocorreu diminuição da FC nos grupos T e TA (286+/-15; 268+/-19) vs
S (329+/_16). Houve HVE nos grupos SA, T e TA (13, 15 e 24%) vs S. Não
houve diferença entre os grupos no DC pré Ach, porém pós Ach o DC do TA
(85+/-11) reduziu vs T e S (169+/-26; 158+/-19).A distribuição do fluxo coronário
pré Ach aumentou no grupo T (8997+/-1712) vs S, SA e TA (3429+/-905; 3954+/
-536 e 2627+/-624), pós Ach o FS foi menor nos grupos SA e TA (4484+/-448;
3709+/-894) vs S e T (7659+/-411; 8589+/-952).O FS para a musculatura esquelética
aumentou no grupo T (1090+/-110) vs S, SA e TA (454+/-71; 549+/-88; 299+/-125)
no Tríceps; T vs S (666+/-116; 317+/-37) no Gastrocnêmio; T (732+/-143) vs S, SA e
TA (411+/-40; 400+/-62; 393+/-71) no Vasto Lateral. Houve aumento da rC/F no T
(2,3+/-0,1) vs S, SA e TA (1,8+/-0,04; 1,6+/-0,02; 1,8+/-0,2). Conclusões: O TF aeróbio
de natação promoveu HVE que foi exacerbada pelo uso de EA. O TF promoveu aumento
no FS coronário e na musculatura esquelética acompanhado pelo aumento da rC/F nos
músculo ativos durante o TF. Entretanto, a associação com EA leva diminuição do DC e
a perda dos efeitos benéficos promovidos pelo TF.

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