Resumo

9-04-2013,

Após 139 partidas, chega o dia da grande final da A-League, a liga de futebol profissional  da Austrália. Sempre lembrando que football por aqui possui varios significados  (veja em “vai comecar”[i]). Entretanto, futebol todos sabemos o significado, e é disto que estou falando. FUTEBOL.  Com ou sem arte[ii]

A A-League iniciou suas atividades em 2005, depois que a National Soccer Leaguefechou em 2004. Deixo os detalhes historicos e sociais para algum post futuro noHistoria(s) do Esporte. Aqui quero comentar sobre a temporada 2012/13 da A-League, que termina neste final de semana.

São 10 times que jogam entre si três vezes ao longo da temporada, que iniciou em outubro do ano passado.  Um time joga duas vezes em casa, e uma vez fora contra um mesmo adversário –sendo que na próxima temporada isto se inverte, dois jogos fora e um em casa contra aquele oponente. Depois de 27 rodadas na fase de classificação, sobram 6 equipes: os dois primeiros colocados passam direto para as semifinais, sendo que os outros 4 times disputam um jogo eliminatório para decidir os outros semifinalistas: o terceiro colocado contra o sexto, o quarto contra o quinto. Nesta fase final, tudo é rapidinho, um jogo apenas, quem ganha segue em frente, quem perde, “see you later”. A unica vantagem que Maria, digo, o time que possui uma melhor classificação leva é a de fazer seus jogos em casa. Também o time que terminou a primeira fase em primeiro ganha um prêmio, o “plate” de “premier champion”. Isso é legal, mas todo mundo que saber mesmo é do grande campeão que irá  emergir desta final de domingo.  Exatamente aqui que algo realmente excepcional aconteceu este ano  na A-League. Mas antes, alguns detalhes sobre os times e o campeonato – incluindo alguns brazucas que batem sua bola profissionalmente por aqui.

Os 10 times que disputam a A-League representam cinco  estados da Australia, mais um pais vizinho. São eles: Wellington Phoenix FC (da Nova Zelandia!); Perth Glory FC  (de Western Australia); Adelaide United FC (de South Australia); Brisbane Roar FC (de Queensland); Melbourne Heart FC e Melbourne Victory FC (ambos de Victoria); e quatro times de New South Wales – Sydney FC, Central Coast Mariners, Newcastle Jets FC e Western Sydney Wanderers. Este ultimo foi criado para esta temporada, e ainda pertence a Federação Australiana de Futebol (FFA). Os times são franquias que esta Federação negocia com proprietarios particulares. Como na temporada passada um time faliu, a FFA decidiu criar um outro time em 2012, e veio exatamente para a região onde eu trabalho, Western Sydney, a área que mais cresce na Australia – em termos populacionais, oportunidades, , expansão geografica, e também em problemas sociais, criminalidade, pobreza, etc.

Eu trabalho na University of Western Sydney, que possui seis campi espalhádos pela região. Para se ter uma ideia do tamanho de Western Sydney, uma viagem entre dois destes campi, de  carro sem transito, as vezes leva 90 minutos.

Western Sydney também é reconhecida pelo seu multiculturalismo. O ultimo census apontou que na região são faladas 182 linguas diferentes. Gente de todo lugar do mundo, Oriente Medio, Europa do Leste, America do Sul. Um caldeirão cultural muito interessante, e propicio para amantes do futebol. Foi aqui que a FFA percebeu que um novo clube de futebol teria grandes chances de vingar, e no inicio de 2012 começou a fazer consultas populares sobre a criação desta nova equipe. Um processo muito interessante, consultaram a comunidade sobre o nome do time (de onde veio o sobrenome “Wanderers”, algo bem diferente dos sobrenomes dos outros times…), o simbolo, as cores da camisa – a camisa oficial é preta e vermelha, listras horizontais como as do glorioso Sport do Recife (alo, familia Canavello!). A camisa para jogos fora ficou vermelha e branca, sei la porque… Escolheram-se lideres de torcida, começaram a fazer as musiquinhas do time, discutiram até  o estilo de jogo!

O processo pegou. O Western Sydney Wanderers arrebentou nesta temporada. A torcida deles (eu deveria dizer “da gente”?) é diferenciada, mais próxima a uma torcida uruguaia ou argentina…canta o tempo todo, “invade” os estádios adversários (em geral, a presença da torcida adversária nos jogos é baixa, exceto nos jogos do “Wanderers”); nos jogos na casa dos Wanderers (Parramatta Stadium), há uma concentração em um local perto do estádio uma hora antes da partida, e uma caminhada até o jogo. Bandeiras, batucada – e algumas briguinhas – também acontecem.

O melhor de tudo isso foi que o Wanderers correspondeu em campo. Ganhou o “premier champion”, com uma campanha muito boa, quebrando recordes do tipo 10 vitorias em sequencia, entre outros – e faz a final deste domingo contra o Central Coast Mariners – outro  fato inedito na A-League, pois  nunca  antes neste pais um vencedor do “premier” fez também a great final. Eles chamam tudo isso de “fairy tale” – o clube abriu as portas este ano, em uma região com muitas dificuldades sociais, e acabou dando voz a este povão, que na verdade abraçou o time; o clube não para de crescer, todos falam disso, e este jogo final sera o “maior jogo entre clubes da historia do futebol australiano”, todos 50.000 lugares foram vendidos, e vai passar ao vivo na TV a cabo – alias, como todos os jogos da A-League, tudo ao vivo somente na tv paga.

Os cartolas da A-League estão muito satisfeitos. Dizem que a media de publico presente nos estadios nesta temporada foi a mais alta da historia, com um aumento de 22% em relação  as anteriores – 19.000 pessoas, sendo que a audiencia media via tv a cabo também foi recorde – 80.000 tvs ligadas. Eles estão ‘explodindo’ de felicidade com a lotação esgotada do Sydney Football stadium para a final.  Eu também acho legal, fico contente com a evolução do futebol por aqui. Mas para se ter uma ideia, qualquer “joguinho” profissional de rugby aqui atrai 40.000 pessoas. A final da Australian Football League (AFL, o Australian Football rules) do ano passado atraiu mais de cem mil pessoas em cada um de seus dois jogos, que foram televisionados pela TV aberta. Somente para mostrar o quanto o futebol ainda tem que se desenvolver para “chegar lá” –  ou “chegar aqui”, no coração australiano. Mas está  crescendo, sem duvida.

Um dos fatores deste crescimento, segundo os dirigentes, foi a chegada de algumas “estrelas internacionais”, como o italiano Del Piero para o Sydney FC, o japonês Shinji Ono (o craque do Western Sydney) e do inglês Emile Heskey (Newcastle Jets), todos atacantes que deixaram suas marcas nas redes nesta temporada, protagonizando grandes lances.

Não nego que estes tres sejam grandes jogadores. Assistir ao campeão mundial Alessandro Del Piero jogar é realmente um prazer, o cara cola a bola no pé, faz giros com o corpo, bate faltas com um jeito de Rogerio Ceni! Mas devemos levar em conta que o nivel dos defensores que eles enfrentam é, digamos, sofrivel. Há muitos espacos para eles trabalharem em paz. Os caras são muito ingenuos, recuam sem bola, deixam buracos enormes entre si. Os defensores, quando pressionados, devolve a bola para os goleiros, em fogueiras incriveis – ou passam a bola para o outro lado, fazendo esta cruzar a propria área – isto é um prato cheio para caras espertos como o Del Piero se adiantarem e cortarem o passe, ficando frente a frente com um defensor, tendo o trabalho de cortar para um lado e carimbar a rede;  eu testemunhei diversos gols originados destes erros infantis – cruzar a bola em frente a propria área, na frente do adversário? Há poucos meio campistas que vem receber a bola, ficam esperando um chutão lá para a frente – tipico jogo inglês ou escocês – quando não conseguem o chutão, jogam para o lado, ou atrás para o goleiro, e as falhs acontecem. Muito espaço  entre os jogadores, ninguem joga perto do companheiro, pouco toque de bola. Por outro lado, isto e’ muito ruim para o atacante Del Piero, encontra pouca gente para passar a bola, tabelar, etc.

Isto tem sido um diferencial para o Western Sydney Wanderers. O unico time que joga um futebol mais compacto do meio para a frente, com jogadores se movimentando bastante, proximos uns aos outros, a procura de triangulações. Eles tem um estilo legal de assistir. Junte isso com a torcida, realmente a A-League ganhou um time mais sulamericano! Que bom! Os adversários deles na final, o Central Coast Mariners, também tem um time compacto, mas em termos defensivos. Batem bem, chegam junto, e jogam bem agrupadinhos atras, explorando alguns contra-ataques. Vai ser uma final boa de assistir. Os dois times seriam pareo duro para o Mirassol F.C. no campeonato paulista (desculpe, Leo, não pude resistir a piadinha…).

Um bom parceiro para o Del Piero que jogou no Sydney FC esta temporada (e já renovou para a próxima) é um jogador brasileiro, que já teve passagens pelo Botafogo do Rio. Fabio o nome da fera, é aquilo que se chama atualmente de ala esquerdo; marca bem, muito veloz, e apoia com eficiencia o ataque, indo bem de uma área para a  outra, mas sem grandes destaque dentro das áreas, não finaliza bem, e no mano a mano dentro da área defensiva pode cometer algumas bobagens. Acabou levando uns cartões meio injustos nesta temporada, mas é um bom jogador. Há outros brasileiros aqui, cerca de meia duzia, vindos da região sul do Brasil, do Rio…Jogadores voluntariosos, com um nivel bacana para atuar aqui – mas há um (não  vou entregar)  que é o famoso tigrão …bate muito, muito, pela frente, por tras, pelo lado…no final do jogo abraça  todo mundo…este aprendeu o estilo australiano de ser!

Tem muita garotada jogando também, provenientes das categorias de base dos clubes, e indo direto para os profissionais. Garotos com 17-19 anos ainda cursando high school e já entrando nos jogos. Houve jogos que o Perth Glory colocou em campo uma “revelação” local de 15 anos.

Eu gostaria de ir ao jogo final, e ver “a historia ser feita”. Mas os caras majoraram os ingressos em niveis absurdos, pelo visto nao deixam nada a desejar aos dirigentes brazucas ou europeus…Ficou muito caro (acho que gastaria uns R$ 500 reais para ir com uma filha e um filho, com direito a transporte publico gratuito) e desisti, vou ver na tv. Mas eles lotaram o estadio mesmo assim!

Os jogos que fui na fase de classificação  não eram caros, com 100 reais conseguia  3 lugares com otima visao do campo, cadeira numerada, e transporte publico. Pego o trem com a filharada perto de casa, desço na Central Station, onde um onibus com ar-condicionado nos leva para perto do estadio. Uma caminhadinha de uns 20 minutos, e chegamos. Na primeira vez que fui, jogo do Sydney FC, todo mundo de azul, e de repente, berrando ao meu lado, uns caras todos de laranja, torcedores do Brisbane Roar… Camisas, perucas e berros…tudo na boa, andamos lado a lado ate o portão. Achei incrivel, estava pronto a correr com meus filhos nos ombros… No jogo, tudo tranquilo – se voce for, leve o seu lanchinho, a comida do estadio é cara e ruim.

Ao final da peleja, os jogadores vem conversar com a torcida, não ha cercas ou muros, apenas uma muretinha onde ficam as propagandas – a garotada vai la, apertar a mão dos caras, pegar autografo… Houve alguns jogos em que eles promoveram “torcida no gramado” depois do jogo, jogue com seu idolo, etc… Um colega meu comentou que achou legal, mas que o pessoal que toma conta do gramado não estava feliz! Incrivel como quando a coisa sai um pouco do roteiro o australiano fica desconfortavel – eles sao obcecados por gramados verdinhos e sem buracos…coisa do cricket… Era domingo de carnaval neste jogo Sydney X Brisbane que mencionei, e no final do jogo, quando os jogadores vieram perto, eu gritei pro Fabio se ele queria estar no Rio sambando… ele sorriu, e meu filho ganhou as tornozeleiras dele,  agora o moleque vai jogar sempre com elas, adorou!

Eu também pensei – com esta muretinha, qualquer um vai invadir! Ledo Ivo (3) engano: faltando uns dez minutos para acabar o jogo, os caras comecam a lavagem cerebral nos teloes – entrar no gramado é crime, multa de R$ 10 mil reais… Quero ver como vai ser nesta great final de domingo, se vao segurar a torcida dos Wanderers.

Na semifinal em que os Wanderers despacharam o Brisbane Roar na semana passada (4), ao final do jogo entregaram para eles o ‘plate’ do ‘premier champion, e  os jogadores todos foram para atras de um dos gols, junto da “geral”, a “cove” onde ficam os torcedores “organizados” de todos os times; jogadores no gramado, torcida festejando na arquibancada, todos comemorando, cantando as musiquinhas, e fazendo as dancinhas da torcida.

Comenta-se muito sobre as torcidas que ficam no ‘Cove’, sobre fanatismo, violencia, etc. Eu nunca testemunhei nada – talvez eu esteja anestesiado, ou o meu patamar de violencia seja mais paulistano… Eles ficam muitas vezes em pé, fazem dancinhas com os bracos, cantam… Em geral todas as torcidas organizadas tem um cara com um megafone, que fica animando a torcida, em cima de uma cadeira que nem aquelas de juizes de voleibol, mas de costas para o jogo – bem “interessante”.  No ultimo “Sydney derby” – isso, ja inventaram uma rivalidade entre o Sydney FC e o Western Sydney –  a torcida do Sydney FC levou alguns cartazes provocativos, dizendo “esta cidade é nossa”. Uma briguinha dos bairros do Leste – mais antigos e “ricos” – contra o Oeste mais multicultural e classe “baixa”. Algo como a Bruxa Má do Leste e do Oeste no Magico de Oz. Entretanto, os dirigentes correm para tentar apagar e coibir qualquer indicio de violencia ou agressividade, tentam controlar as manifestacoes das torcidas ao maximo.

Isso muitas vezes chega a um politicamene correto extremo, ridiculo, infantil. Houve um jogo entre o Melbourne Victory e o Sydney FC, em Sydney, no qual a torcida da casa levantou um cartaz dizendo : “Let’s send these TARDs back home” (vamos mandar estes TARDs para casa). No dia seguinte, a direção do Sydney FC soltou um comunicado na imprensa, pedindo desculpas para qualquer pessoa com “deficiencia” que porventura se sentiu ofendida. Na nota, mostravam como querem controlar a torcida, pois falavam que aquele texto não  havia sido autorizado previamente, e os torcedores que levantaram a placa seriam punidos e proibidos  de entrar em alguns jogos…Tudo porque eles interpretaram o termo TARDs como uma alcunha para “retards” – retardados, bobos mentais. Alem de ser ridiculo querer proibir alguem de falar um palavraozinho no estadio (na Copa 14 vai poder?), na verdade TARDs era o acronimo (eles adoram acronimos aqui, tem para tudo ,a gente fica perdido) para “Terrible Attack, Ridiculous Defense” (um ataque horrivel e uma defesa ridicula).  Realmente, não sei quem foi mais bobo nesta episodio todo… Uma tendencia a tirar toda e qualquer espontaneidade do jogo, um controle, um medo das coisas “horriveis” que podem acontecer…

Acho que este é o ponto mais positivo do sucesso pioneiro do Western Sydney Wanderers – a torcida diferenciada e multicultural, quebrando os paradigmas, balançando os estadios, quebrando recordes, cantando, vibrando – estamos sacudindo a Australia! O esporte australiano precisa de torcedores diferentes, de alegria, precisa ser menos careta, contemplar a felicidade, a dança, a musica – enfim, abracar o verdadeiro futebol com tudo que tem de bom!

Resumindo: mesmo sem assistir aquele futebol-arte brasileiro, e sem aquele gostinho de provocar os amigos na segunda feira, eu gosto de ter uma liga de futebol profissional para acompanhar e torcer. Domingo, fiquem ligados, e cantem comigo –  Western Sydney Wanderers, I believe!

[i] No meu ultimo post, inadvertidamente e sem saber da crise de tomates que assola o Brasil, falei do tecnico vendedor de tomates, que fornece tomatinhos para a gente enquanto assistimos os jogos…nao foi nenhuma provocacao, fato verdadeiro, sorry – mas o tomate aqui tambem e’ caro…

[ii] Alias, acaba de sair um livro bem bonito sobre futebol-arte, sera que alguem vai se lembrar do Dia do Indio e mandar um pro Tiozinho aqui?

(3) So quem leu Tarso de Castro vai entender esta…

(4) Futebol-arte? Pelo menos os gols desta semifinal foram bem interessantes, um gol de letra e um gol de cobertura…

Por Jorge Knijnik
em 19-04-2013, às 14:49

12 comentários. Deixe o seu.

Comentários

Jorge, você sempre me surpreende. Agora, vejo que você é também – além de tudo o mais – um excelente analista de futebol de campo e das coisas que permeiam o futebol. Pela sua narrativa, os australianos ficam um pouco a dever na arte futebolística em que o Brasil já foi o número um do ranking, mas despencou lá para baixo na tabela da Fifa. A grande diferença me parece cultural: as crianças australianas não criam sonhos e fantasias para se tornarem jogadores profissionais e certamente não ficam fora da escola ou abandonam os estudos para correr atrás deste sonho, muitas vezes impossível. O oposto do Brasil.
Entre neste link do SportTv ( http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-reporter/noticia/2013/04/sportv-reporter-mostra-realidade-de-jogadores-desempregados-no-brasil.html ) e veja como vivem os frustrados futebolistas que não conseguiram sua chance no futebol profissional.

Por Julio E. Bahr
em 19-04-2013, às 17:24.

Obrigado, meu grande Julio!
vou checar o link, com certeza, seus comentarios sao sempre em cima da linha do penalti! rsrsrsrs…
mas sou um excelente o que,mesmo? Beijos

Por Jorge Knijnik
em 19-04-2013, às 17:59.

Jk,

Mais uma vez me diverti muito com sua narrativa. Agora sei que tenho um time na Austrália. Ainda mais por ter um ex-botafoguense no elenco. Vamos Wanderers!

Uma sugestão é mudar a camisa para preto e branco listrado. Ficaria muito mais bonito.

OT

Por Otávio
em 19-04-2013, às 20:34.

Ot, saudacoes! Agora, como todo botafoguense radicado no ES, voce nao entende das escalacoes dos times… o Fabio joga no Sydney FC, o Ono joga no Wanderers! Alo, Luxa! e os Jets ja jogam de Botafogo, nao vai dar esta mudanca…stay local!
abracao

Por Jorge Knijnik
em 20-04-2013, às 1:04.

Ontem fui assistir a primeira rodada do octagonal dos desesperados do campeonato pernambucano de 2013 que vai definir os dois times que irão para a segunda divisão do pernambucano,e o primeiro colocado ira disputar a serie d do brasileiro do ano que vem. A fera sertaneja, como é chamado o time daqui de Petrolina perdeu para o Central de Caruaru,2a1. Dois detalhes: só foram vendidos cinco ingresso a 10 reais cada, mas tinha um publico de 4155 pessoas, que como eu e meu filho ganharam ingresso de um programa do governo de Pe (Todos com a Nota). O segundo detalhe é que o jogo era para serbas 4 da tarde só começou as 6 da tarde, ai informaram que os dirigentes confundiram 22:45 com 10:45, fazendo com que o time do treinador Leivinha(aquele mesmo do Palmeiras da decada de70), tivesse somente 7 jogadores no banco, o que não impediu sua merecida vitória.
Grande abraço e feliz aniversario professor Jorge.

Por cleiton barbosa
em 21-04-2013, às 19:16.

Cleiton!!!Lembrando que voce e’ um Canavello, devo dizer que isto sim e’ o verdadeiro FUTEBOL-ARTE! O caos brazuca pernambucano combina totalmente com a liberdade criativa!Viva o sertao pernambucano! Nossa, o Leivinha – do jeito que cabeceava, deve ser um otimo tecnico!

EM TEMPO – Atualizacao do blog – Nao deu pro Western Sydney Wanderers – diante de sua imensa torcida (que nao parou de apoia-los mesmo ao final do jogo e na entrega das medalhas) tomaram um ‘no tatico’ dos Mariners, sem conseguir dar um chutinho a gol durante os 94 minutos…resultado de 2×0, Central Coast Mariners campeao da A-League, e agora ja estao prontos para encarar o proximo desafio, ai no sertao de Pernambuco – em junho, durante as festas juninas pernambucanas, quadrangular international ‘Fera Sertaneja, Wanderers, Central Mariners e Central de Caruaru: ‘o melhor do mundo quem sera? Quem vencera?’
Abracao, e ate o proximo desfile dos Ceroulas!

Por Jorge Knijnik
em 21-04-2013, às 19:25.

Só para deixar claro eles confundiram o horario do voo, que partiu de recife,GRANDE Abraço

Por cleiton barbosa
em 21-04-2013, às 20:34.

Futebol nao tem hora!!!! Mas tenho certeza que,se voce ainda estiver jogando naquele estilo que te deu fama nos anos 80, haveria espaco no meio campo de qualquer equipe australiana! Abrazon!

Por Jorge Knijnik
em 22-04-2013, às 4:18.

Jorge,
Estou escrevendo com muito atraso, eu sei.
Trabalhar com futebol em tempo integral dá nisso. Não tenho tempo para quase nada. São treinos e mais treinos, jogos e mais jogos. Os japoneses adoram treinar, já jogar, não muito.
O Ono do “seu time” estava aqui, meio perdido, jogando no Shimizu S-Pulse na província de Shizuoka, sob o comando de um treinador iraniano. O time estava mal e acho que ele achou melhor buscar um novo ambiente para trabalhar.
O grandalhão do Joshua Blake Kennedy continua jogando no Nagoya Grampus sob o comando do Dragan Stojkovic. Não é uma “brastemp”, mas por ter quase dois metros continua em cartaz.
Acho que vou tentar me candidatar para ser um “coach” por aí. Será que tenho chances depois de passar mais de duas décadas no futebol profissional japonês?
É sempre bom saber que existem brasileiros, como você, e talvez como eu, vivendo em outros países e nos contando como são as coisas.
Um grande abraço,

Por Edison Yamazaki
em 8-07-2013, às 13:01.

Edison, meu caro! Voce e’ bem vindo a qualquer hora! Sim, com certeza haveria espaco para voce por aqui! Vale arriscar, a coisa esta crescendo – e e’ um pouco mais quente que o Japan! Sem contar que para a Australia, o seculo 21 e’ o ‘seculo asiatico’! O Ono mandou bem, aquele gol de cobertura no jogo que decidiu a primeira fase da A-League na temporada passada, que deu aos Wanderers o titulo ‘premier’ foi sensacional, gol de craque. E o “predio” do Kennedy continua usando a cabeca, foi ele que garantiu e colocou os Socceroos no Brasil em 2014, entrando nos 15 minutos finais no lugar do Tim Cahil (que nao queria sair, foi meio patetica a cena dele fazendo birra no meio do campo em vez de sair…mas depois se desculpou ). O Kennedy se colocou muito bem na area para fazer o unico gol contra o Iraque no jogo aqui em Sydney, ha um mes – casa lotada, chuva fria, festa incrivel.
A A-League (e euzinho aqui) esta te esperando!
abracao

Por Jorge Knijnik
em 8-07-2013, às 16:19.

Jorge,
Obrigado pela resposta.
Vou me informar como conseguir trabalho na Austrália. Quem sabe não consigo contribuir com alguma coisa.
Tentarei encontrar o site das equipes e tentar manter algum contato. Quem sabe eles não se interessam por um brasileiro nipônico com vinte anos de J. League.
Estou realmente buscando uma mudança depois de tantos anos. Não sei o que dirá minha esposa e os meninos, mas preciso tentar.

O Kennedy fez um gol hoje (13/7) e não foi com a cabeça. Dessa vez seus pés funcionaram e sua equipe venceu por 3×2.

Um grande abraço.

Por Edison Yamazaki
em 13-07-2013, às 17:09.

OI,Edison,
Seria muito bacana rapaz. A A-League ainda esta atras da J-League, mas esta crescendo, e meu senso diz que vai crescer ainda mais, os caras que estao administrando a coisa nao estao brincando nao. Eu espero comecar em breve um trabalho com os Wanderers, estou empolgado. Se precisar de alguma fuerza, terei o maior prazer de ajudar. Mudanca vale a pena mesmo!
Manda um abraco pro Kennedy, Outro pra voce e familia!

Por Jorge Knijnik
em 26-07-2013, às 15:48.