Validação Cruzada de Equações de Bio-impedância em Mulheres Brasileiras Por Meio de Absortometria Radiologica de Dupla Energia
Por Martim Bottaro (Autor), Vivian Heyward (Autor), Claudio Escobar Paiva (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 8, n 4, 2000. Da página 14 a 20
Resumo
O objetivo deste estudo foi o de determinar a aplicabilidade e a precisão da avaliação da composição corporal de 44 mulheres brasileiras (20 a 40 anos) do analisador de Bioimpedância (BI) dos membros superiores (OMRONTM) e das equações, previamente publicadas, do tradicional BI. O DXA (DPX-IQ, Versão 4,6 A) foi usado na obtenção da gordura relativa (%G) e da massa corporal magra (MCM) de referência. A resistência dos membros superiores foi medida com o OMRONTM (HBF - 300), e a resistência corporal total foi medida com o Biodynamics â (Modelo - 310). Foram analisadas as equações: de Lohman (1992), de Gray et al. (1989), de Segal et al. (1988), modificada por Stolarczyk et al. (1997) e a do OMRONTM (1998). Os resultados encontrados foram: o coeficiente de validade (r) do Biodynamics variou de 0,84 (Lohman) a 0,92 (Stolarczyk); o erro de estimativa-padrão (EPE) e o erro total (E) variaram de 1,61kg (Stolarczyk) a 2,51kg (Gray). O r, o EPE e o E do BI dos membros superiores (OMRONTM) foram 0,87, 2,96%G, e 4,92%G, respectivamente. A equação de Stolarczyk e a de Lohman forneceram estimativas aceitáveis tanto da média da MCM, quanto do EPE (1,93 e 2,63kg respectivamente). A equação de Gray superestimou, de forma significativa, a MCM (D = -1,1kg), e a equação do OMRONTM subestimou o %G (D= 4,92%). Baseado nesses resultados, é recomendável o uso da equação de Stolarczyk et al. (1997) ou a de Lohman (1992) na estimativa da composição corporal de mulheres brasileiras jovens e sadias. PALAVRAS-CHAVE: composição corporal, equações e gordura.