Resumo

É reconhecida a importância de avaliar a composição corporal na população atlética. Para o efeito é preciso utilizar técnicas válidas na determinação dos principais componentes moleculares. A Densitometria Radiológica de Dupla Energia (DXA) é um método preciso e válido para avaliação de composição corporal. No entanto, a DXA é uma técnica ainda pouco acessível em contextos não laboratoriais. Desta forma, é importante utilizar técnicas mais simples e práticas como a bioimpedância eléctrica (BIA). No entanto poucos estudos validaram a BIA especialmente de multifrequência na avaliação da composição corporal em atletas. Assim, o objetivo desta investigação é testar a validade da BIA de multifrequência (Tanita, modelo MC-180) na determinação do conteúdo mineral ósseo (CMO), massa gorda (MG) e massa isenta de gordura e osso (MIGO) em atletas. Um total de 79 atletas (feminino/masculino) foram avaliados pela BIA e pela DXA. Comparação de médias, coeficiente de correlação de concordância, regressão múltipla, e o método Bland-Altman foram realizados. A Tanita apresentou um poder explicativo de 76 %, 72%, 95% e 73% da variabilidade total observada a partir do método de referência para a MG (kg), MG (%), MIGO e CMO, respetivamente. O coeficiente de correlação de concordância para a MIGO apresentou uma força de concordância substancial de 0.927. Observaram-se limites de concordância relativamente elevados na estimativa dos vários componentes corporais. Em conclusão, a Tanita MC-180 é uma alternativa válida especialmente na estimação da massa isenta de gordura e de osso, num grupo de atletas. Contudo, devido aos limites de concordância obtidos na determinação das vários componentes este equipamento apresenta uma validade limitada na estimação individual da composição corporal.

Acessar Arquivo