Resumo

O objetivo do estudo foi apresentar as primeiras evidências de validade da Escala de Situações de Aprendizagem para Treinadores Esportivos (ESATE) - relacionadas ao conteúdo; ajuste de modelo; e consistências internas. Quatro juízes-avaliadores participaram da validação de conteúdo. Para os demais procedimentos, a ESATE foi aplicada a 104 treinadores de tênis. Inicialmente a ESATE contava com 25 itens divididos em três dimensões: Situações Mediadas, Não Mediadas e Internas. Todos os itens passaram por avaliação de clareza de linguagem, pertinência prática e dimensionalidade teórica. Aqueles itens que não atingiram os níveis desejados passaram por uma reformulação ou foram realocados para outra dimensão. Todos os itens apresentaram índices satisfatórios (CVC ≥ 0,80) para clareza de linguagem e pertinência prática, e índices "substanciais"/"quase perfeitos" (K ≥ 0,79) de concordância entre os juízes para dimensionalidade teórica. O modelo que melhor se ajustou aos dados disponíveis foi um modelo tridimensional de segunda ordem com 18 itens. Este modelo apresentou índices de ajuste “razoáveis”/“bons”. A consistência interna da escala foi classificada como “boa” (α = 0,873), e suas dimensões foram “fraca”/“boa” (0,766 ≤ α ≤ 0,801). Assim, afirmamos que a versão final da ESATE demonstrou propriedades psicométricas satisfatórias para avaliação de situações de aprendizagem quando aplicada a treinadores de tênis.

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