Validação da escala de situações de aprendizagem para treinadores desportivos – ESATE: processo de elaboração e evidências de validade
Por Carlos Adelar Abaide Balbinotti (Autor), Gabriel Henrique Treter Gonçalves (Autor), Jorge ambos (Autor), Michel Milistetd (Autor), Caio Corrêa Cortela (Autor).
Em Journal of Physical Education (Até 2016 Revista da Educação Física - UEM) v. 31, n 1, 2020.
Resumo
O objetivo do estudo foi apresentar as primeiras evidências de validade da Escala de Situações de Aprendizagem para Treinadores Esportivos (ESATE) - relacionadas ao conteúdo; ajuste de modelo; e consistências internas. Quatro juízes-avaliadores participaram da validação de conteúdo. Para os demais procedimentos, a ESATE foi aplicada a 104 treinadores de tênis. Inicialmente a ESATE contava com 25 itens divididos em três dimensões: Situações Mediadas, Não Mediadas e Internas. Todos os itens passaram por avaliação de clareza de linguagem, pertinência prática e dimensionalidade teórica. Aqueles itens que não atingiram os níveis desejados passaram por uma reformulação ou foram realocados para outra dimensão. Todos os itens apresentaram índices satisfatórios (CVC ≥ 0,80) para clareza de linguagem e pertinência prática, e índices "substanciais"/"quase perfeitos" (K ≥ 0,79) de concordância entre os juízes para dimensionalidade teórica. O modelo que melhor se ajustou aos dados disponíveis foi um modelo tridimensional de segunda ordem com 18 itens. Este modelo apresentou índices de ajuste “razoáveis”/“bons”. A consistência interna da escala foi classificada como “boa” (α = 0,873), e suas dimensões foram “fraca”/“boa” (0,766 ≤ α ≤ 0,801). Assim, afirmamos que a versão final da ESATE demonstrou propriedades psicométricas satisfatórias para avaliação de situações de aprendizagem quando aplicada a treinadores de tênis.